Justiça francesa prolonga prisão preventiva do atacante Brandão, após queixa de agressão sexual

A justiça prolongou por mais 24 horas a prisão preventiva do jogador brasileiro Brandão, do Olympique de Marselha. Nesta quarta-feira, o atacante deve passar por uma acareação com a jovem que o acusa de abuso sexual.

O atacante Brandão do Olympique de Marselha. Reuters

O atacante brasileiro Brandão, de 30 anos, responde a uma acusação de estupro feita por uma jovem de 23 anos que não teve seu nome revelado. Ele foi detido na manhã dessa terça-feira em sua casa na cidade de Cassis, no sul da França, e passou a noite em uma cela da Delegacia Central de Marselha. Segundo a advogada de Brandão, o jogador está tranquilo e nega a acusação da jovem, que diz ter sido violentada no carro do atacante após terem saído de uma boate no início do mês. Brandão reconhece ter mantido uma relação sexual com o consentimento da jovem e nega a violência.

A vítima prestou queixa contra Brandão na última sexta-feira e no fim de semana passou por exames médicos como é comum nesse tipo de caso. Ela justificou a demora para prestar queixa porque pensou que ninguém fosse acreditar na sua versão.

O diário local La Provence afirma que outros três jogadores do Marselha teriam tido relações sexuais com a jovem. Um deles já teria inclusive deixado o clube. Segundo o jornal regional, a polícia poderia convocar esses três jogadores para verificar os fatos. O jornal La Provence diz ainda que o irmão da jovem seria um agente de Brandão.

Se for indiciado, Brandão poderá ser colocado em liberdade sob controle judicial ou em regime de detenção provisória. O Código Penal francês prevê uma pena de 15 anos de prisão em caso de condenação por estupro.

O jornal L'Equipe diz que o ambiente no Olympique de Marselha é de "consternação". Em comunicado, o clube informou que não vai fazer comentários sobre a vida pessoal do jogador.