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OCDE diminui previsões de crescimento mundial para 2023 e alerta para risco de recessão na Alemanha

A economia mundial está pagando caro pela guerra na Ucrânia, segundo um relatório da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado nesta segunda-feira (26) que diminui a as previsões de crescimento econômico mundial para 2023. Combinada à pandemia de Covid-19, a guerra desacelerou o crescimento e aumentou a pressão sobre os preços, sobretudo da energia.

Uma mulher caminha diante de vitrines em Berlim, em 1 de abril de 2022. A OCDE alertou para o risco de recessão na Alemanha, nesta segunda-feira, 26 de setembro de 2022.
Uma mulher caminha diante de vitrines em Berlim, em 1 de abril de 2022. A OCDE alertou para o risco de recessão na Alemanha, nesta segunda-feira, 26 de setembro de 2022. AP - Pavel Golovkin
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Depois de um ano difícil para particulares e empresas devido ao aumento dos preços, o crescimento mundial deve continuar a enfraquecer em 2023, segundo a organização, que tem sede em Paris.

De acordo com a OCDE, a desaceleração da atividade econômica é mais forte do que o previsto e a inflação dura mais tempo do que o esperado.” Em diversas economias, a inflação alcançou, no primeiro semestre de 2022, um pico inédito desde os anos 1980”, diz o documento. Diante da degradação dos indicadores recentes, as perspectivas econômicas mundiais não são nada boas para o ano que vem.

O crescimento mundial deve continuar estagnado no segundo semestre de 2022, antes de desacelerar ainda mais em 2023 para alcançar um nível de crescimento mundial de somente 2,2%, contra 2,8% da previsão de junho.  O PIB mundial deve, de acordo com as novas projeções, ser inferior em, ao menos, US$ 2,8 bilhões em 2023, com relação às previsões de dezembro de 2021, período anterior à guerra na Ucrânia.

A guerra levou a um aumento importante dos preços da energia e dos alimentos, o que agravou significativamente as tensões inflacionistas, em um momento onde o custo de vida já estava em aumento em todos os países, após a pandemia de Covid-19.

PIB brasileiro em queda

Segundo a organização, a expectativa de crescimento para a economia brasileira passou de 1,2% para 0,8% em 2023. Para este ano, o PIB (Produto Interno Bruto) deve chegar a 2,5%.

Mas os países mais próximos de Kiev e Moscou vão pagar o preço mais alto, de acordo com a OCDE. O crescimento na zona do euro teve a revisão mais importante de todas as regiões do mundo com um crescimento esperado de apenas 0,3% contra 1,6% previsto em junho. A principal razão é o aumento dos preços da energia. A inflação antecipada para este ano é de 8,1% e de 6,2% no ano que vem.

A OCDE também alerta para o risco de recessão na Alemanha, com um recuo do PIB de 0,7% em 2023. Uma queda de 2,4 pontos em comparação com a previsão anterior.

Nas outras regiões, o crescimento americano esperado pela organização é de 0,5%, contra 1,2% antecipado em junho.

Já a economia chinesa deve encolher 3,2% este ano, em um contexto de suspensões de atividades ligadas à Covid-19 e ao enfraquecimento do mercado imobiliário. Mas o apoio de políticas públicas poderá contribuir para a sua recuperação, em 2023.

(Com AFP)

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