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Stellantis: Fiat e Peugeot validam 4ª maior empresa automobilística do mundo

Os acionistas do grupo Peugeot e da Fiat validam nesta segunda-feira (4) a fusão dos dois grupos, um casamento concebido para competir em um mercado automobilístico em plena revolução. A união do conglomerado francês PSA e do ítalo-americano FCA criará a quarta maior empresa mundial em número de veículos vendidos, e a terceira em volume de negócios, atrás da japonesa Toyota e da alemã Volkswagen.

A união da Fiat com a Peugeot, denominada Stellantis, terá mais de 400 mil funcionários e reunirá na mesma garagem 14 marcas emblemáticas como Citroën e Maserati, Fiat e Opel, Peugeot e Alfa Romeo, Chrysler, Dodge ou Jeep.
A união da Fiat com a Peugeot, denominada Stellantis, terá mais de 400 mil funcionários e reunirá na mesma garagem 14 marcas emblemáticas como Citroën e Maserati, Fiat e Opel, Peugeot e Alfa Romeo, Chrysler, Dodge ou Jeep. MARCO BERTORELLO, Joël SAGET AFP/Archivos
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O novo grupo, que recebeu o nome Stellantis, terá mais de 400.000 funcionários e reunirá 14 marcas emblemáticas como Citroën e Maserati (que já estiveram unidas durante um curto período há 50 anos), Fiat e Opel, Peugeot e Alfa Romeo, Chrysler, Dodge ou Jeep.

"Esta fusão era uma questão de sobrevivência tanto para a Fiat como para a PSA", afirma Giuliano Noci, professor de estratégia da Escola Politécnica de Comércio de Milão. Os dois grupos enfrentam "enormes desafios tecnológicos e estratégicos" (como veículos elétricos, digitalização, direção autônoma) e os efeitos devastadores da pandemia de Covid-19.

"Espírito darwiniano"

"Apenas os mais ágeis, em um espírito darwiniano, sobreviverão", advertiu em novembro Carlos Tavares, presidente da diretoria da PSA e futuro diretor geral da Stellantis. As marcas do grupo vão reduzir em particular os custos de desenvolvimento e de fabricação e completar sua oferta em todas as gamas.

"Graças à sua união com a PSA, a Fiat-Chrysler poderá reforçar sua presença na Europa", afirma Giuseppe Berta, professor da Universidade Bocconi de Milão e especialista em Fiat. "O grupo francês colocará novamente um pé nos Estados Unidos graças a seu aliado ítalo-americano", acrescenta.

Não há grande suspense na França para esta segunda-feira: mais de 99% dos acionistas da PSA votaram em junho a favor de quatro resoluções que aprovam o matrimônio do Fiat 500 com o Peugeot 208. Mas a votação sela a união contemplada desde 2018, anunciada no fim de 2019, e que teve a preparação afetada pela crise do coronavírus.

Aprovação da Comissão Europeia

No fim de dezembro, a Comissão Europeia aprovou a união, com a condição de que os dois grupos cumpram os seus compromissos para preservar a concorrência no setor dos pequenos utilitários, área em que controlam grande parte do mercado.

As montadoras já haviam modificado seu contrato para que a fusão seja um casamento entre iguais, enquanto a pandemia afetava suas respectivas contas.

A FCA aceitou reduzir o valor de um dividendo excepcional pago a seus acionistas. A PSA decidiu vender 7% do fabricante de equipamentos francês Faurecia antes de distribuir o restante aos acionistas da Stellantis. A participação do grupo chinês Dongfeng também será reduzida.

 O fundo Phitrust, que tem menos de 1% do capital da PSA, critica uma falta de "equilíbrio entre as partes" que favorece os ítalo-americanos.

Nos documentos apresentados às autoridades financeiras, PSA e Fiat consideram que a fusão custará € 4 bilhões (cerca de US$ 4,9 bilhões) e que as sinergias permitirão economizar com o tempo até € 5 bilhões (US$ 6,13 bilhões) por ano.

Com informações da AFP

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