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China/ economia

Após medidas de emergência, bolsas chinesas têm alta espetacular

As bolsas chinesas encerraram o pregão em forte valorização nesta quinta-feira (8), depois de as autoridades do país adotarem novas medidas para conter a queda dos índices, que já durava semanas. O índice Xangai Composite teve a maior alta desde março de 2009, de 5,8%. Economistas advertem, entretanto, que é prematuro anunciar o fim do movimento de instabilidade, que gerou pânico entre os acionistas na quarta-feira.

Chinês observa o movimento na bolsa de Xangai, nesta quinta-feira (9).
Chinês observa o movimento na bolsa de Xangai, nesta quinta-feira (9). REUTERS/Kim Kyung-Hoon
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As bolsas da China passam por um momento de correção e as empresas tentam evitar uma fuga de capitais, o que motivou a suspensão das cotações. Os investidores temem uma bolha no mercado de ações, já que a economia do país desacelerou. Com as restrições do acesso ao crédito, muitos pequenos investidores foram obrigados a revender os papéis, começando o movimento de especulação.

Depois de uma série de tentativas de pôr um fim ao “crash” das bolsas, iniciado em junho, as autoridades chinesas proibiram, na noite de quarta-feira, a venda de títulos pelos grandes acionistas, por um período de seis meses. São atingidos aqueles que possuem mais do que 5% das ações de uma empresa cotada.

A medida levou os índices chineses a se recuperar nesta quinta-feira: além do recorde do Xangai Composite, o índice CSI300, cotado em Xangai e Shenzhen, teve alta de 6,4%. O Brasil fica suscetível às turbulências, já que a China é o maior parceiro comercial do país.

Na quarta-feira, as bolsas da Ásia haviam fechado em queda expressiva, em meio às incertezas provocadas pelas baixas nos mercados chineses e o fantasma de uma saída da Grécia da zona do euro. Com os investidores receosos com duas crises, o mercado financeiro sofreu as consequências.

A bolsa de Xangai havia encerrado em baixa de 5,9%, em um clima de pânico, apesar de medidas de emergência das autoridades, como a injeção de liquidez, e da suspensão da cotação de quase 1.300 títulos do mercado chinês. A bolsa de Shenzhen fechou em baixa de 2,50% na quarta-feira.

Em três semanas, as perdas foram de 30%. Uma investigação sobre vendas a descoberto de ações irregulares foi aberta pela polícia chinesa nesta quinta-feira e boatos sobre manipulações dos mercados agitam as redes sociais na China.

Com informações AFP e Reuters
 

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