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Economia/ desigualdades

Maioria das riquezas estará nas mãos de 1% da população em 2016

No ano que vem, mais da metade da riqueza do planeta vai estar nas mãos de apenas 1% da população mundial, em um contexto de desigualdades que se acentuou com a crise, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira (19) pela Oxfam International, organização de combate à fome e à pobreza. O alerta acontece na véspera do início do Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), que a entidade vai copresidir.

Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam, vai copresidir o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam, vai copresidir o Fórum Econômico Mundial, em Davos. twitter.com/Winnie_Byanyima
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A Oxfam afirma que os mais privilegiados viram sua fatia de riqueza aumentar de 44% em 2009 para 48% em 2014. Se a tendência permanecer, a taxa vai superar 50% em 2016.

A diretora-executiva da entidade, Winnie Byanyima, disse que a explosão da desigualdade está atrasando “em décadas” a luta contra a pobreza. "Queremos realmente viver em um mundo onde 1% é dono de mais do que o resto de nós juntos?", questionou. “Os pobres são atingidos duas vezes com a desigualdade crescente - eles recebem uma fatia menor do bolo econômico e, porque a extrema desigualdade prejudica o crescimento, há um bolo menor para ser compartilhado."

De acordo com o relatório da organização, os 80 indivíduos mais ricos do mundo possuem a mesma riqueza que os 50% mais pobres do planeta, o equivalente a cerca de 3,5 bilhões de pessoas. Esse resultado é ainda maior do que a concentração registrada há um ano, quando metade da riqueza do mundo estava nas mãos dos 85 mais ricos.

Medidas contra desigualdades

A Oxfam indicou que, em Davos, vai pedir que sejam tomadas atitudes para se lidar com o problema, incluindo a repressão contra a evasão fiscal pelas corporações e avanços em direção a um acordo global sobre as mudanças climáticas. O Fórum de Davos se inicia na quarta-feira e reúne a elite econômica mundial.

Byanyima também quer a realização de uma cúpula internacional sobre tributação, “para reescrever as regras fiscais internacionais”. Ela pede que os dirigentes internacionais combatam “os interesses particulares” dos milionários, “que criam obstáculos para um mundo mais justo e próspero”.

Para compilar sua pesquisa, a Oxfam usou dados dos anuários sobre patrimônio mundial do banco Crédit Suisse, referentes aos anos 2013 e 2014, assim como a lista de bilionários da revista Forbes.
 

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