Agência de classificação de riscos retira último "triplo A" da França

A agência de classificação de riscos franco-americana Fitch Ratings retirou na sexta-feira, 12 de julho, o "triplo A" da França, por causa da dívida do país, mas também das fracas perspectivas de crescimento. Essa era a última nota máxima que restava para os franceses, mas Paris ainda preserva uma perspectiva estável.

A agência Fitch era a única que ainda mantinha a nota máxima da França. REUTERS/Alessandro Garofalo

A Fitch Ratings decidiu rebaixar a nota da França de AAA para AA+, a segunda melhor posição na escala de avaliação da agência de classificação de riscos. “A produção e as previsões econômicas são claramente mais fracas e o índice de desemprego saltou para o seu nível mais alta dos últimos 15 anos, passando para 10,9% em 2013”, justificou o organismo. No entanto, a Fitch afirma que o país ainda mantém uma perspectiva estável e que sua nota não deve mais ser alterada nos próximos dois anos.

A França já havia perdido o seu primeiro “triplo A” em janeiro de 2012, quando a agência Standard & Poor's decidiu rebaixar a nota do país. Em novembro do mesmo ano foi a vez Moody's reavaliar a situação de Paris. A Fitch era a única que ainda mantinha a nota máxima. Atualmente na zona do Euro apenas Alemanha, Finlândia, Luxemburgo e Holanda ainda beneficiam do “triplo A” nas três agências de classificação de riscos.

O ministro francês da Economia, Pierre Moscovici não se mostrou abalado com a notícia. Segundo ele, a dívida da França “está entre as mais seguras e mais líquidas da zona do Euro, beneficiando de taxas historicamente baixas, o que prova a confiança dos investidores”.

A Fitch prevê uma contração de 0,3% da economia francesa em 2013, seguida de um crescimento de 0,7% em 2014 e de 1,2% em 2015. As equipes do governo apostam em um crescimento de 0,1% já esse ano.