Parlamento cipriota aprova "plano B" para evitar colapso financeiro
Em sessão extraordinária nesta sexta-feira à noite, o parlamento cipriota votou um conjunto de oito leis relativas ao plano de resgate a fim de evitar o colapso financeiro do país e garantir ajuda internacional. No domingo, os ministros das Finaças da zona do euro se reúnem em Bruxelas para discutir o pacote. A agência de notação Moody's baixou as notas de crédito dos três principais bancos cipriotas.
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O primeiro texto a ser aprovado é referente à criação de um fundo de solidariedade. Outro tópico votado limita os movimentos de capitais para evitar uma pressão forte demais sobre os bancos, cuja reabertura está prevista para terça-feira.
Essas medidas fazem parte do “plano B” que o governo teve muitas dificuldades para montar após o parlamento ter rejeitado, na terça-feira, um acordo entre os credores de fundos internacionais, que previa um imposto excepcional de até 9,9% sobre todos os depósitos bancários, em troca de uma ajuda de 10 bilhões de dólares.
O governo cipriota deverá levantar sete bilhões de euros até segunda-feira, mais de um terço de seu PIB anual, a fim de desbloquear a ajuda internacional e garantir, da parte do Banco Central Europeu, a manutenção da linha de liquidez emergencial aos bancos cipriotas.
As autoridades cipriotas alertaram que é preciso adotar medidas duras e que uma taxa excepcional sobre os depósitos bancários seria necessária. Segundo a televisão pública, esse imposto pode ser de 15% sobre os depósitos a partir de 100 mil euros.
A chefe do Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde, vai participar da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, no domingo.
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