França pode taxar obras de arte para combater déficit
O governo francês pode taxar até as obras de arte que valem mais de 50 mil euros para combater o déficit público do país. A proposta vai integrar o projeto de orçamento de 2013 que será debatido a partir da terça-feira da semana que vem pela Assembleia francesa.
Publicado em: Modificado em:
Essa é a primeira vez, desde a criação do Imposto sobre a fortuna, em 1982, pelo governo do socialista François Mitterrand, que os ricos franceses poderão ter que declarar e pagar por suas obras de arte. A proposta, considerada simbólica, foi aprovada na noite desta quarta-feira pela comissão de Finanças da Assembleia francesa.
Serão taxados os quadros e esculturas que valem mais de 50 mil euros, o equivalente a 131 mil reais. A emenda integra o projeto de orçamento de 2013 que propõe medidas drásticas visando reduzir o déficit francês a 3% do PIB e que será votado a partir da semana que vem. Mas até integrantes do governo lamentam a decisão e pedem que a emenda seja rejeitada.
A ministra da Cultura, Aurélie Filippetti, e o ministro do Trabalho, Michel Sapin, acreditam que esse imposto sobre as obras de arte vai incitar boa parte do patrimônio francês a deixar o país. O governo de François Hollande já decidiu taxar em 75% as fortunas superiores a um milhão de euros, uma decisão que criou muita polêmica diante da ameaça de vários grandes empresários franceses de deixar o país.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro