Calote de dívidas com bancos deve bater novo recorde na Espanha
A taxa dos chamados "créditos duvidosos" dos bancos espanhóis bateu um novo recorde em junho, segundo informações do Banco Central da Espanha. Os créditos que correm o risco de não serem reembolsados, qu são principalmente empréstimos imobiliários para financiamento da casa própria, ultrapassaram 164 bilhões de euros, ou seja 9,42% do volume total de dinheiro que os bancos concederam a seus clientes.
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A taxa é um termômetro da vulnerabilidade das instituições bancárias. Em maio o índice foi de 8,96%. A explosão da bolha imobiliária espanhola, em 2008, contribuiu fortemente para desestabilizar o sistema bancário do país. Muitos bancos espanhóis são muito expostos ao setor imobiliário.
A Espanha foi obrigada a recorrer a um plano de ajuda europeu para socorrer suas instituições financeiras que pode chegar a 100 bilhões de euros, o equivalente a 240 bilhões de reais. A primeira parcela da ajuda, de 30 bilhões de euros, foi desbloqueada no final de julho para salvar os bancos mais frágeis como o Bankia, cuja nacionalização em maio acelerou o pedido de socorro.
O Bankia pediu uma ajuda do governo de 19 bilhões de euros, após já ter recebido uma injeção de 4,5 bilhões de euros anteriormente, o que fará desse plano de resgate o maior já feito na história do sistema bancário espanhol.
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