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Grécia/ crise

Na véspera de visita de credores, Grécia tem greves e protestos

A Grécia enfrenta um novo dia de protestos e mobilização social contra as medidas de austeridade que provocaram demissões e redução de salários. O alemão Horst Reichenbach, chefe da força-tarefa para auxiliar o governo grego a controlar o seu déficit, inicia hoje uma visita de três dias ao país, ainda ameaçado de falência.

Cartaz informa passageiros sobre greve de 24 horas em estação de metrô de Atenas, nesta terça-feira.
Cartaz informa passageiros sobre greve de 24 horas em estação de metrô de Atenas, nesta terça-feira. REUTERS/John Kolesidis
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A mídia grega vai ficar paralisada por 48 horas para protestar contra os baixos salários e as demissões no setor, além do fechamento de veículos de comunicação. A greve dos jornalistas ocorre ao mesmo tempo em que os funcionários do metrô e dos bancos de Atenas decidiram parar os serviços. Hoje, no final do dia, diversas categorias profissionais vão participar de um protesto, na capital, contra as medidas de austeridade adotadas pelo governo grego para tirar o país de uma das crises mais graves da sua história.

As paralisações acontecem às vésperas da chegada dos representantes da chamada "troika", formada pelos principais credores do país: a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI. A missão vai avaliar se os gregos estão cumprindo as reformas que foram acertadas quando foi aprovado o segundo plano de ajuda financeira para o país, no valor de 130 bilhões de euros, que deve ser liberado nas próximas semanas.

O alemão Horst Reichenbach, chefe da missão e encarregado de aconselhar Atenas na gestão da crise da dívida grega, chega hoje ao país para preparar a visita da troika.

Tudo isso ocorre em um momento de plena incerteza sobre o acordo entre o governo grego e os seus credores privados, já que em março o país deve pagar 14 bilhões e meio de euros de empréstimos realizados no passado, junto ao setor privado, e agora não consegue renegociar as condições deste reembolso. As negociações com os bancos foram suspensas na sexta-feira por divergências quanto à parcela que deve ser liquidada agora e a possibilidade de troca da dívida por novas obrigações. O diálogo deve ser retomado amanhã.

A situação complicada da Grécia tem elevado os temores de que o país esteja, mais do nunca, prestes a decretar falência.
 

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