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FMI/crise

Crise piora e emergentes "não estão imunes", diz diretora-geral do FMI

A crise econômica mundial está se intensificando, e pode atingir os países emergentes, disse nesta quinta-feira a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde. A declaração foi dada durante uma visita ao Departamento de Estado americano, em Washington. Segundo ela, os esforços devem começar na zona do euro, mas medidas preventivas devem ser adotadas em todas as regiões.

A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.
A diretora-geral do FMI, Christine Lagarde. Foto: Reuters
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De acordo com a diretora-geral do FMI, nenhum país, mesmo os emergentes, está imune à crise econômica. Mesmo que a origem da instabilidade atual seja o desequilíbrio deficitário na zona do euro, a responsabilidade deve ser dividida entre todas as regiões. "Os problemas que estamos enfrentando não são um motivo de preocupação apenas para a zona do euro, a União Europeia ou as economias mais avançadas. É um problema geral." De acordo com a diretora do FMI, há um consenso geral em relação à interconexão das economias.

De acordo com Christine Lagarde, vencer a crise requer mais do que a adoção de um conjunto de medidas por um grupo de países : é preciso que as nações de todas as regiões do mundo se mobilizem contra a recessão. Para a diretora do FMI, a Ásia e a América Latina adotaram medidas no passado para sanear problemas no sistema bancário que hoje são úteis para enfrentar a crise. Uma lição que deveria servir de 'exemplo' para as nações desenvolvidas.

Mas mesmo que a diretora-geral do FMI defenda soluções em nível global, a iniciativa, diz ela, deve partir da zona do euro. Os países do bloco, segundo a diretora do FMI, formam uma união monetária, mas não uma união econômica e orçamentária, que está atualmente em construção. De acordo com o Fundo, os chefes de estado e de governo da União Europeia devem se mobilizar para colocar em prática o mais rápido possível as decisões adotadas na Cúpula do dia 9 de dezembro, que prevê mudanças nos tratados europeus e sanções automáticas contra os países cujos déficits ultrapassarem 3% do PIB.

No início do mês, o FMI anunciou a decisão de ajudar a zona do euro, em contrapartida a uma injeção de 200 bilhões de euros do bloco no Fundo. O FMI deve publicar no fim de janeiro uma atualização semestral das previsões de crescimento dos países e a expectativa é de que elas sejam revisadas para baixo.
 

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