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Itália/Crise

Plano de austeridade recebe voto de confiança dos deputados italianos

O governo de Sílvio Berlusconi obteve, nesta quarta-feira, o voto de confiança dos parlamentares que faltava para a adoção definitiva do seu plano de austeridade. Pressionada pelos mercados financeiros e pelos vizinhos europeus, a Itália deverá economizar 54 bilhões de euros, visando equilibrar seu orçamento em 2013 e reduzir a dívida pública que chegou a 1,9 trilhão de euros (120% do PIB).

Plano de Berlusconi recebe moção de confiança com diferença de seis votos ‎
Plano de Berlusconi recebe moção de confiança com diferença de seis votos ‎ REUTERS/Max Rossi
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A diferença entre os deputados que aprovaram a moção de confiança ao governo italiano e aqueles que a rejeitaram foi apenas de seis votos (316 a favor e 310 contra). Já é suficiente para dar prosseguimento ao plano de rigor, que já tinha sido aprovado pelo Senado na semana passada. A Câmara dos Deputados passa por uma votação final na noite desta quarta-feira, que costuma ser apenas uma formalidade e deve confirmar o pacote.

O plano fiscal inicial adotado em julho, que determinava uma economia de 45,5 bilhões de euros, havia sido considerado insuficiente pelos mercados. O novo pacote de urgência anunciado no início de agosto, que vai garantir aos cofres públicos 8,5 bilhões de euros a mais, ou seja, 54 bilhões de euros, foi fortemente criticado pela população. Mas era a condição para que a Itália recebesse o apoio do Banco Central Europeu, diminuindo as tensões com a compra de obrigações.

Economistas explicam que um ataque dos mercados à Itália representaria um ataque ao conjunto do países da zona do euro. Os italianos são a terceira maior economia da Europa, atrás da Alemanha e da França.

O pacote de ajuste afeta sobretudo a classe média. Entre as medidas adotadas estão um aumento do Imposto sobre o Valor Agregado (IVA) e uma taxação dos grandes patrimônios, menor do que a incluída na proposta inicial. Além disso, a partir de 2014 e não mais em 2016, as mulheres que trabalham no setor privado só poderão se aposentar aos 65 anos, assim como os homens, 5 anos a mais do que a idade atual. Também são previstas reduções dos gastos ministeriais e dos municípios, assim como o aumento da luta contra a fraude fiscal, um dos maiores problemas da Itália.

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