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Economia/Bolsas

Mercado financeiro global termina mais uma semana no vermelho

As incertezas sobre a economia mundial, o temor de uma recessão norte-americana e os problemas de refinanciamento entre bancos europeus provocaram novas turbulências no mercado financeiro. As principais bolsas de valores fecharam no vermelho nesta sexta-feira na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos. Os especialistas insistem que a crise atual é menos grave que a de 2008.

Operador de mercado, em Frankfurt.
Operador de mercado, em Frankfurt. Reuters
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As bolsas asiáticas e o petróleo voltaram a registrar forte queda nesta sexta-feira, refletindo as incertezas sobre a atividade econômica global. Em Tóquio, o índice Nikkei cedeu 2,51%, Sidneyn 3,51%, Hong Kong perdeu 3,08% e Seul registrou a queda mais acentuada, de 6,22%. No mercado local, o preço do barril “light sweet crude” perdeu 1,05 dólar e fechou cotado a 81,33 dólares.

“A crise financeira (de 2008/2009) continua muito presente na mentalidade das pessoas, o mercado deverá reagir fortemente para ganhar novamente a confiança dos investidores”, declarou um analista australiano à agência AFP. As bolsas seguiram a tendência negativa registrada no fechamento das bolsas na quinta-feira, quando muitos índices na Europa perderam em média 5%.

Os indicadores da atividade econômica americana publicados na quinta-feira foram um novo golpe na confiança dos investidores, na opinião de outros especialistas atuantes nos mercados. As notícias negativas da atividade industrial na Filadélfia, a queda nas vendas imobiliárias em julho, o desemprego em alta na segunda semana de agosto são alguns dos sinais que fazem os mercados desconfiarem fortemente de uma possível recessão nos Estados Unidos

Além do temor da recessão na principal economia do planeta, as dúvidas sobre a capacidade de refinanciamento do setor bancário europeu trouxeram mais tensão para as bolsas europeias nesta sexta-feira. O índice CAC 40 da bolsa de Paris, terminou o dia em queda de 1,92%, Frankfurt encerrou seus trabalhos em baixa de 2,19%, Londres perdeu 1,01%, Madri 2,11% e Milão 2,46%.

“A crise das finanças públicas indica que as políticas orçamentárias vão ser restritivas por muito tempo na (quase) totalidade dos países membros da zona do euro”, observaram analistas. “Ela leva a um risco de dificuldades nas condições de financiamento do mercado, mas também dos bancos. A extensão da movimentação neste último setor vai ter repercussões na duração e gravidade da desaceleração econômica”, acrescentaram os especialistas. O Banco Central Europeu diz acompanhar com muita atenção as tensões no mercado interbancário europeu, garantindo que a situação é menos grave do que em 2008.

China e Estados Unidos

Em meio a tensões sobre os efeitos mundiais da crise econômica nos Estados Unidos, o vice-presidente da China, Xi Jinping, disse nesta sexta-feira que a "economia americana é resistente". A declaração foi feita em Pequim, durante uma mesa redonda da qual participavam empresários chineses e americanos, além do vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que está em vista oficia ao país.

Xi Jinping ainda afirmou que os dois países "não devem politizar as questões comerciais". Na véspera, Biden havia dito que a estabilidade econômica mundial depende da qualidade das relações entre a China e os Estados Unidos.

Pequim vem fazendo críticas à forma como o presidente Barack Obama está gerenciando a crise da dívida americana, da qual os chineses são os principais credores. Nesta manhã, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, felicitou a "mensagem clara" passada por Biden sobre a solidez dos bônus do Tesouro americano.
 

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