Nesta semana vamos mergulhar de cabeça na Sétima Arte, com festivais de cinema que acontecem na mesma época, em Lisboa e em Paris, e projetam a produção brasileira. Em seguida o destino é a Áustria e uma exposição hiper-realista de paisagens americanas com telas do pintor Edward Hopper e outros artistas.
De 8 a 14 de abril, em Lisboa, acontece a sexta edição do FESTin – o Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa. Como sempre, esta grande festa se passa no tradicional Cinema São Jorge, ponto de encontro dos cinéfilos durante todo o ano.
Serão exibidos 90 filmes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal, numa programação diversificada e organizada em nove mostras. Longas e curtas, documentários, inclusão social, o FESTinha - dedicada ao cinema infantil, além de mesas-redondas, palestras e oficinas.
O Brasil inaugura a mostra com o filme "O Vendedor de Passados", do diretor brasileiro Lula Buarque de Hollanda, estrelado por Lázaro Ramos e Alinne Moraes. Entre os documentários apresentados, destaca-se "Água para Tabatô", de Paulo Carneiro, da Guiné-Bissau.
A produtora e distribuidora brasileira Carla Osório, que produziu o filme "Cidade de Deus -10 Anos Depois", participa pela segunda vez do Festin: " O FESTin é um festival incrível porque é uma tentativa nossa, dos países de língua portuguesa, de fazer esta integração cultural. E fazer isto através do cinema é super estratégico. O cinema brasileiro, o cinema português, o cinema produzido na África ou na Ásia precisam se encontrar. Esta é uma forma de unir esses povos, o FESTin tem esse compromisso, esse objetivo. E para nós, realizadores, produtores, distribuidores, é uma honra contar com o FESTin todos os anos e poder participar dessa grande festa, uma festa voltada para a língua portuguesa com esse traço no cinema", diz Carla.
O FESTin deste ano tem a Argentina como país convidado e o Timor-Leste como grande homenageado. O longa "Não me Pare na Pista", de Daniel Augusto, encerra o festival.
Festival brasileiro em Paris
Em Paris, outro festival se realiza, o 17° Festival do Cinema Brasileiro, que vai de 7 a 14 de abril e é produzido
pela Associação Jangada.
O longa "Trinta", sobre um dos reis do Carnaval brasileiro, Joãosinho Trinta, abre a mostra, apresentado por seu diretor e roteirista Claudio Galperin.
Apenas para citar alguns filmes, os franceses e os brasileiros de Paris, vão reviver o memorável "Dona Flor e seus Dois Maridos", de Bruno Barreto, que homenageia o ator José Wilker no auge de sua forma, seduzindo Sonia Braga na adaptação da obra surrealista de Jorge Amado.Os fãs de Maria Betânia vão poder descobrí-la no começo de sua carreira no filme "Betânia Bem de Perto", de Eduardo Escorel e Júlio Bressane".
O público infantil, e os adultos também, "de carona", vão poder curtir o lindo e premiado "O Menino e o Mundo" , de Alé Abreue depois da projeção um ateliê de artes plásticas.
Mas além desses clássicos, uma série de filmes ainda inéditos no circuito francês, entre longas, documentários e curtas.
América dos anos 60 e 70
"HyperAmerica" é o nome da exposição no museu Khunstaus Graz, na cidade de Graz, na Áustria. Entre 10 de abril e 30 de agosto, telas e fotografias exploram a noção do interior dos Estados Unidos na segunda metade do século XX, revelando o hiper-realismo na pintura.
Nomes como Edward Hopper, John Salt e Robert Adams são alguns dos mais de vinte artistas que participam dessa proposta de enfocar as novas linguagens das paisagens dos anos 60 e 70.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro