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Brasil/México

Visita oficial de Dilma ao México começa em meio a manifestações e crise política

Dilma Rousseff chegou à Cidade do México na segunda-feira (26) sob forte chuva e em meio a uma tarde caótica. Todo dia 26 é dia de protesto no país. Tem sido assim há oito meses, desde que 43 estudantes foram sequestrados, na comunidade rural de Ayotzinapa, no estado de Guerrero. O crime aconteceu no dia 26 de setembro do ano passado, e os estudantes seguem desaparecidos. Hoje, ao menos quatro grandes marchas devem paralisar a cidade.

Chegada da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (26) ao México
Chegada da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira (26) ao México REUTERS/Henry Romero
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Fernanda Brambilla, correspondente da RFI no México

A jornada de protestos se dá em meio à deterioração da imagem de Peña Nieto, que iniciou a sua gestão com a mais baixa popularidade desde que chegou ao poder. A capital mexicana também foi invadida por uma grande manifestação de taxistas, que fechou as principais vias, contra o sistema de transporte alternativo Uber. Foi uma boa prévia do cenário desta terça-feira (27), quando tem início a visita presidencial.

Tratado de livre comércio

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, vai condecorar Dilma com a Ordem Mexicana da Água Azteca, uma prova de amizade entre os dois países. Se a visita de Dilma tem foco nos negócios, o que o México aspira mesmo é um tratado de livre comércio com o Brasil sem o crivo do Mercosul. A única certeza é a de que Dilma firmará acordos sobre serviços aéreos, cooperação turística e investimentos.

A mídia mexicana especula se o petróleo entrará na pauta de discussão após as crises da Petrobras e da Pemex, estatal pretolífera mexicana. Mas, em entrevista ao jornal La Jornada, Dilma, questionada sobre um vínculo entre as duas petroleiras, respondeu apenas que o acordo poderia se chamar "eixo tequila-capirinha."

Crise econômica

O Brasil, primeira economia da América Latina, cresceu apenas 0,1% em 2014, completando quatro anos consecutivos de baixa expansão. A economia mexicana avançou 2,1% no ano passado, muito abaixo dos 3,9% projetados pelo governo.

Dilma e Peña Nieto manterão nesta terça-feira (26) uma reunião privada no Palácio Nacional. Durante a tarde, a presidente se encontrará com empresários em um fórum. Já na quarta-feira (27), Dilma visitará o Museu de Antropologia e assistirá a uma sessão solene no Congresso.

Com um comércio de mais de 9 bilhões de dólares em 2014, o Brasil é o principal parceiro comercial do México na América Latina.
 

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