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Brasil/ política

Para Dilma, EUA tiveram avanços sobre questão da espionagem

A presidente Dilma Rousseff disse, em entrevista à emissora CNN exibida nesta quinta-feira (10), não acreditar que o governo do presidente dos Estados Unidos Barack Obama tenha "responsabilidade" pela espionagem praticada contra o governo, empresas e cidadãos brasileiros. Ela afirmou que a administração norte-americana avançou em alguns pontos relacionados ao tema.

Presidente Dilma Rousseff também comentou sobre futebol.
Presidente Dilma Rousseff também comentou sobre futebol. CNN
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"Hoje eu acredito que eles deram vários passos", declarou na entrevista, após confirmar que a razão do cancelamento da visita aos Estados Unidos, que faria em setembro do ano passado, foi a ausência de uma resposta satisfatória sobre as denúncias de espionagem internacional, por parte das autoridades americanas.

O vazamento de informações mostrando que a CIA, a agência de inteligência norte-americana, estava monitorando dados de inclusive da presidente brasileira causou uma crise diplomática que resultou no cancelamento de uma viagem oficial que Dilma faria aos Estados Unidos. As denúncias de espionagem também a motivaram propor uma governança global sobre segurança na internet, em seu discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 2013.

No início deste ano, Obama declarou que não haverá espionagem de chefes de Estado e de governos “amigos”. Em visita ao Brasil no mês passado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse estar confiante na melhora das relações entre os dois países.

Terrorismo

"Olha, eu não acredito que a responsabilidade (...) pelos hábitos de espionagem seja da administração do presidente Obama. Eu acho que é um processo que vem ocorrendo depois do 11 de Setembro", disse Dilma. "Naquele momento o governo Obama estava em processo de equacionar esse problema... essa questão da espionagem internacional, e não tinha condições de responder para nós. Como não tinha condição de responder para nós, nós não tivemos nenhuma outra ação. Por exemplo, eu ia fazer uma visita e não fiz por isso", disse a presidente.

As denúncias de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou e-mails, mensagens de texto e telefonemas entre a presidente e assessores, além de dados de empresas, como a Petrobras, e cidadãos brasileiros foram feitas com base em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden. Segundo esses documentos, outros chefes de Estado também foram vítimas de espionagem, como a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto.

Futebol

A presidente também comentou a derrota histórica do Brasil para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo, por 7 a 0. A entrevista foi realizada na quarta-feira, um dia depois da partida.

Dilma defendeu uma “renovação” do futebol brasileiro e avaliou que o país deve tentar manter os melhores jogadores no país, e não deixá-los partir para jogar na Europa. O objetivo é deixar o futebol mais atraente e incentivar a frequentação dos estádios, principalmente os construídos para o Mundial.

"O Brasil não pode mais continuar exportando jogador. Exportar jogador significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios", afirmou. "Qual é a maior atração que um País que ama o futebol como o nosso tem para ir num jogo de futebol? Ver os craques”, observou.
 

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