Carrefour do Brasil não está à venda, reafirma direção do grupo francês

O presidente-executivo do grupo francês Carrefour, Lars Olofsson, reafirmou nesta quarta-feira, 31 de agosto de 2011, em Paris que os supermercados da marca no Brasil não estão à venda. Ele fez a declaração durante coletiva à imprensa para apresentar os resultados semestrais do grupo que apresentou inesperado prejuízo no período.

O presidente e diretor executivo da empresa Carrefour, Lars Olofsson REUTERS/Benoit

“O Carrefour Brasil não está à venda”, martelou Lars Olofsson, dizendo que o Brasil é um país chave para o crescimento futuro do grupo. Ele lembrou que o país representa 14% das vendas do Carrefour, número dois mundial do setor varejista, atrás do americano Walmart. Carrefour é o líder do mercado brasileiro, onde está presente há 36 anos e Lars Olofsson revelou que o grupo estuda todas as possibilidades para melhorar sua posição no país.

Em julho, a empresa foi obrigada a desistir de um projeto de fusão com o grupo Pão de Açúcar no Brasil. O negócio foi impedido pelo grupo Casino, rival francês do Carrefour e aliado do Pão de Açúcar no Brasil.

Prejuízo inesperado no primeiro semestre

O Carrefour apresentou um prejuízo inesperado de 249 milhões de euros no primeiro semestre. O resultado negativo é consequência de encargos de 884 milhões de euros e levou o grupo a diminuir em 15% seu objetivo de lucro operacional este ano.

Carrefour teve uma queda de 22% no lucro operacional de janeiro a junho, registrando 772 milhões de euros, principalmente por causa do marasmo dos mercados na França, Grécia e Itália. Após o anúncio, as ações do Carrefour recuavam 4% nesta quarta-feira. O presidente-executivo da empresa, que apresentou em 2009 um plano de recuperação em três anos, se comprometeu a melhorar a competitividade do grupo.