OCDE reduz previsão de crescimento econômico do Brasil
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira em 2011 e 2012, segundo relatório sobre perspectivas econômicas globais, divulgado nesta quarta-feira, em Paris. A organização alerta para tensões inflacionárias e déficit orçamentário no Brasil.
Publicado em: Modificado em:
Após o crescimento do PIB de 7,5% constatado em 2010, a OCDE estima que o índice será de 4,1% em 2011, ao invés de 4,3%, como previu em novembro. Já para 2012, a organização calcula um crescimento de 4,5%, no lugar de 5%. De acordo com o relatório, “o aumento da inflação constitui um risco que ameaça a credibilidade do Banco Central”.
Grandes investimentos em infraestrutura podem “alimentar um crescimento interno” nos próximos anos, provocando “tensões inflacionárias” em um contexto “marcado por um mercado de trabalho tenso e pela dissipação dos efeitos de apreciação da moeda”, diz a OCDE. A organização recomenda novos aumentos de taxas em antecipação à inflação, além de um “plano a médio prazo para o saneamento orçamentário favorável ao crescimento”, aumentando a capacidade do país de absorver as entradas de capitais e aumentar o potencial de crescimento a longo prazo.
A OCDE, que completa 50 anos nesta semana, também recomenda a adoção de um plano plurianual para assegurar os mercados de que o governo não voltaria atrás, no futuro, das medidas adotadas. A demanda interna deverá, de acordo com a organização, continuar sustentando o crescimento, mesmo com o desaquecimento progressivo provocado pelo endurecimento da política e o ambicioso programa de infraestruturas, em especial no setor energético.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro