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Acidente/AF447

Área das caixas-pretas no Atlântico será toda vasculhada até 4ª feira

O diretor do Escritório de Investigação e Análises (BEA, na sigla em francês), que investiga acidentes aéreos, Jean-Paul Troadec, confirmou nesta segunda-feira a informação divulgada na semana passada pelo ministério da Defesa da França de que foi identificado no Oceano Atlântico o local onde muito provavelmente se encontram as caixas-pretas do Airbus A330 da Air France.

Reuters
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Ao apresentar a jornalistas o balanço da terceira fase das buscas no mar, Troadec deu detalhes sobre esta região que começou a ser vasculhada na noite da última quinta-feira. Ela fica a 40 quilômetros a sudoeste da última posição conhecida do AF 447  e a quase 400 quilômetros do arquipélago brasileiro de São Pedro e São Paulo.

Foi delimitado um retângulo de 200 quilômetros quadrados com até 3.600 metros de profundidade, uma região considerada relativamente acidentada. O diretor admitiu que os cálculos de especialistas sobre as correntes marítimas não foram perfeitos, já que as buscas estavam concentradas mais para o norte.

Até agora, dois terços desta nova área já foram explorados pelo navio norueguês Seabed Worker que tem dois sonares  com autonomia de até 20 horas de imersão capazes de identificar e, eventualmente,  trazer as caixas-pretas e destroços à superfície.

Eles vão cobrir inteiramente a zona na próxima quarta-feira. Segundo ele, ainda não está definido se as buscas vão continuar em outro perímetro se nada for encontrado. A terceira fase de buscas está prevista para terminar no dia 25 de maio.

Caso as caixas-pretas do avião da Air France forem encontradas nesta região, isso significa que a aeronave teria feito meia-volta antes de cair no mar. As razões desse retorno ainda são desconhecidas. O diretor da agência francesa que investiga acidentes aéreos disse continuar cauteloso e está relativamente otimista.

Jean-Paul Troadec explicou ainda que não pode dar garantia de que o conteúdo das caixas-pretas ainda esteja em condições de ser decifrado. "Elas são feitas para resistir a fortes choques e a grandes profundidades. É possível que as caixas-pretas tenham sido danificadas na queda ou corroídas pela água do mar, mas também pode ser que elas estejam em bom estado", acrescentou o diretor.

Segundo ele, ainda não está definido se as buscas vão continuar em outro perímetro se nada for encontrado até quarta-feira.

As caixas-pretas são consideradas peças fundamentais para tentar esclarecer as causas do acidente que matou 228 pessoas a bordo do voo Rio-Paris no dia 31 de maio do ano passado. Até o momento, problemas identificados nas sondas Pitot,  responsáveis pela medida de velocidade do aparelho, são apontados como uma das causas prováveis do acidente, mas não a única. 

 

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