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Venezuela/Crise

Em Caracas, venezuelanos bloqueiam bairros e estradas para pedir água

A crise econômica e social na Venezuela empurrou 3,4 milhões de venezuelanos para o exílio desde 2015, em uma crise migratória que está no coração de um encontro que terminará na terça-feira (9), em Quito, entre 14 países latino-americanos. A situação está piorando nos últimos dias com os cortes de energia que se multiplicam e a água corrente, que se torna muito escassa. Mais e mais vizinhos venezuelanos se reúnem espontaneamente para expressar seu descontentamento, bloqueando bairros ou, às vezes, grandes rodovias.

Habitantes do bairro de Petare, em Caracas, fazem fila para ter acesso à água, em 1° de abril de 2019.
Habitantes do bairro de Petare, em Caracas, fazem fila para ter acesso à água, em 1° de abril de 2019. Federico Parra / AFP
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Benjamin Delille, correspondente da RFI em Caracas

Às 5h30 desta segunda-feira (8), muitos moradores do popular bairro de La Vega, ao sul de Caracas, bloquearam uma das principais rodovias que serve a capital: a Panamericana. "Nesta região, há áreas que não têm água há mais de um ano, outras há seis meses, e nas poucas que recebem, nunca dura muito tempo", diz Alfredo Infante, sacerdote do distrito de La Veja, que o visitava. “Isso traz muitas doenças dermatológicas, problemas de diarreia, tudo por causa da falta de água", diz.

A extensão do bloqueio obrigou a polícia a intervir rapidamente. Os manifestantes concordaram em liberar o local mediante um encontro com os responsáveis da Hydrocapital, a empresa pública que administra a rede de água na Venezuela.

Acordos para acesso à água

"Obtivemos três acordos", diz Vianeth, um dos representantes da Hydrocapital. O primeiro foi conseguir verificar nesta terça-feira as bombas de água que não funcionam mais. O segundo diz respeito ao envio de peças nesta terça-feira (9) ou quarta (10) para serem reparadas. E o terceiro é que nesta sexta-feira (12) às 15h, a água estará finalmente de volta".

Caso contrário, os manifestantes afirmam que retornarão para a rua. Mas os habitantes da região já podem se considerar com sorte: outras manifestações desse tipo foram dispersas em meio à violência nos últimos dias na Venezuela.

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