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Venezuela

Venezuela quer renegociar dívida externa; FMI reclama de falta de dados

A Venezuela não cumpriu sua obrigação de fornecer informações financeiras ao FMI, informou a entidade nesta sexta-feira (3), mesmo dia em que Caracas convocou seus credores para reestruturar sua dívida externa.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma inspeção na empresa PDVSA, em 28 de abril de 2016.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante uma inspeção na empresa PDVSA, em 28 de abril de 2016. Fuente: Reuters.
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Fornecer dados sobre segurança social, comércio exterior e outros indicadores econômicos fundamentais "é uma obrigação de todos os membros do Fundo para permitir um monitoramento efetivo da evolução macroeconômica em cada país, bem como os efeitos desse país em outros países", Ele lembrou o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Após uma reunião nesta sexta-feira, o conselho executivo emitiu uma declaração instando o governo de Nicolás Maduro a "adotar medidas corretivas específicas" e anunciou que se reunirá dentro de seis meses para considerar o progresso da Venezuela na implementação.

O FMI espera que "a decisão incentive as autoridades venezuelanas a se reencontrarem com o Fundo através do fornecimento regular de dados". "A retomada desse compromisso beneficiaria a Venezuela e a comunidade internacional", concluiu.

O FMI não tem contatos relevantes com autoridades em Caracas há pelo menos 10 anos, e não houve missões para visitar o país desde 2004, disse um porta-voz da entidade.

Refinanciamento da dívida

Maduro convocou seus credores para uma reunião em Caracas, depois de anunciar na quinta-feira que seu governo iniciará um refinanciamento e reestruturação da dívida externa estimada em cerca de 150 bilhões de dólares.

No entanto, os analistas de mercado são pessimistas quanto às possibilidades de uma reestruturação bem sucedida, e as agências de notação de crédito alertam cada vez mais sobre o risco de inadimplência.

A situação financeira deste país petroleiro é ainda mais complicada após as sanções impostas por Washington a Caracas em agosto, que proíbem o intercâmbio de novos títulos emitidos pelo governo venezuelano e a petrolífera estatal PDVSA, um passo necessário em qualquer reestruturação.

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