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França / Violência / Militares

França descarta pista terrorista no atropelamento de militares

O homem que atropelou quatro militares franceses que protegiam a Grande Mesquita de Valence, no sudeste da França, não pertence a qualquer rede "jihadista", e "a pista terrorista está descartada", declarou o procurador da cidade, neste sábado (2).

O procurador de Valence, Alex Perrin, durante entrevista coletiva em 2 de dezembro de 2015.
O procurador de Valence, Alex Perrin, durante entrevista coletiva em 2 de dezembro de 2015. PHILIPPE DESMAZES / AFP
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Em entrevista coletiva, o procurador Alex Perrin disse que "nada indica o pertencimento a uma rede de qualquer tipo que seja" e, por isso, "a pista terrorista está atualmente descartada" no ataque aos militares. No computador do agressor, que foi baleado mas não corre risco de morte, havia "imagens de propaganda jihadista", embora "sejam imagens que podem ser encontradas por qualquer um na Internet", acrescentou Perrin.

Expressando-se "em termos confusos", o agressor declarou que queria "matar" os soldados, ou "ser morto" por eles, com a ideia de "se apresentar como um mártir", explicou Perrin.

O homem, um francês de origem tunisiana de 29 anos, não tinha ficha na polícia, nem registro na Justiça ou nos serviços de inteligência. Apesar de haver dúvidas sobre sua saúde mental, também "não há antecedentes psiquiátricos conhecidos", acrescentou o procurador.

Muçulmano praticante mas não radical

Residente nos arredores de Lyon (centro-leste), desempregado, ele havia viajado para Valence para visitar sua família. Segundo Perrin, trata-se "de um muçulmano praticante, mas não radical". "Suas motivações até o momento são inexplicáveis", admitiu o procurador. Ele destacou, contudo, que o indivíduo atacou os militares aos gritos de "Allah é o maior", o que denota um vínculo com a "religiosidade".

Na sexta-feira, esse homem investiu seu carro duas vezes contra militares no estacionamento da mesquita. A instituição estava lotada. Os militares atiraram para neutralizar o agressor, que ficou gravemente ferido no braço e na perna. Ele foi levado para um hospital.

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