Obama e Castro discutem embargo a Cuba durante reunião bilateral
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro, reuniram-se nesta terça-feira (29) em Nova York. Durante o encontro, que aconteceu à margem da 70ª Assembleia Geral da ONU, os dois líderes discutiram essencialmente o embargo à ilha comunista. O chefe da Casa Branca é favorável ao fim do bloqueio, mas o processo ainda depende do Congresso norte-americano.
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Castro pediu a Obama que acelere o uso de suas prerrogativas para modificar o embargo a seu país e acabar com as sanções vigentes desde 1962. "O presidente cubano reiterou que, para que haja relações normais entre Cuba e Estados Unidos, deve ser levantado o bloqueio que causa danos e privações ao povo cubano", declarou o chanceler cubano Bruno Rodríguez em coletiva ao final do encontro. "O ritmo do processo de normalização das relações bilaterais dependerá da suspensão do bloqueio”, completou o diplomata.
A reunião entre os dois líderes durou cerca de meia hora. Este foi o primeiro encontro bilateral oficial desde a abertura das embaixadas em julho passado, após 50 anos de relações diplomáticas rompidas. Mas a dupla já havia se cruzado em abril durante a Cúpula das Américas no Panamá, depois do início da aproximação entre Washington e Havana.
Obama é favorável ao fim do embargo
Em seu discurso, mais tarde no mesmo dia, Castro destacou a aproximação entre Havana e Washington, mas advertiu que ainda há um longo processo em direção à normalização dos laços bilaterais, que só será concluído com o fim do bloqueio.
Na véspera, em seu discurso diante da Assembleia Geral da ONU, Obama pediu a suspensão do embargo de seu país contra Havana. O presidente norte-americano se mostrou confiante quanto a possibilidade de o Congresso levantar as restrições.
Após a reabertura das embaixadas, os dois países iniciaram negociações sobre diversos assuntos que vão durar anos para ser resolvidos, como os milionários pedidos de indenizações. No entanto, existe no Congresso dos Estados Unidos uma forte oposição do Partido Republicano, que controla as duas Câmaras, a uma aproximação de Cuba.
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