Obama vai sancionar lei que autoriza novas sanções contra a Rússia

O presidente americano Barack Obama vai sancionar a lei adotada pelo Congresso autorizando novas sanções contra a Rússia, em plena crise econômica provocada pela queda brusca do rublo, a moeda local. O anúncio foi feito nesta terça-feira (16) pela Casa Branca.

O presidente americano Barack Obama (Foto: Reuters)

As sanções são uma represália à intervenção russa no conflito no leste ucraniano, apesar do cessar-fogo adotado no dia 9 de dezembro e "dos avanços" constatados pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry. De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, o texto será assinado até o fim da semana, e dá uma "margem de manobra" ao presidente americano caso ele queira adotar novas medidas.

A lei adotada no sábado pelos congressistas americanos autoriza novas sanções contra a Rússia e um aumento da ajuda militar, incluindo a letal, à Ucrânia. Até agora, os Estados Unidos haviam fornecido apenas radares, veículos, coletes à prova de balas e outros equipamentos. Nesta segunda-feira, o chanceler russo Serguei Lavrov disse que a adoção da lei era "um gesto hostil contra Moscou", e denunciou "um desejo obstinado de punir a Rússia". Os russos ameaçaram reagir se novas sanções fossem aplicadas.

Governo russo anuncia medidas para conter queda do rublo

O governo russo definiu nesta terça-feira novas medidas para estabilizar o rublo, que registrou queda recorde de 20% nos últimos dois dias. De acordo com o ministro da Economia Alexeï Oulioukaïev, as ações visam garantir um equilíbrio entre a oferta e a procura no mercado de câmbio, injetando liquidez nos bancos russos. O governo também criará mecanismos de apoio ao setor bancário para assegurar a “qualidade” dos créditos de alguns estabelecimentos.

O objetivo é apoiar a decisão do Banco Central de aumentar a taxa de juros para 17%. O ministro da Economia negou futuras limitações de capital, uma medida que, segundo ele, "está fora de discussão."