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Venezuela/EUA

Venezuela acusa Kerry de encorajar manifestações contra o governo

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, acusou o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de encorajar as manifestações populares contra o governo de Nicolás Maduro. Já o presidente venezuelano lançou ameaças contra as companhias aéreas que reduzirem seus voos para o país.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro lançou ameaças durante entrevista coletiva em Caracas nesta sexta-feira.
O presidente venezuelano Nicolás Maduro lançou ameaças durante entrevista coletiva em Caracas nesta sexta-feira. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Elías Jaua reagiu nesta sexta-feira (14) às críticas feitas pelo secretário de Estado norte-americano na véspera, quando o representante de Washington chamou a repressão de Caracas de “campanha do terror”. “Kerry é o assassino do povo venezuelano”, declarou o ministro. “Cada vez que estamos prestes a isolar e conter os autores das violências, ele faz declarações e as ruas são bloqueadas imediatamente”, afirmou o chanceler.

Desde que foi eleito, o presidente Nicolás Maduro afirma ser vítima de tentativas de golpe de Estado organizadas com a ajuda de Washington. As relações entre os dois países estão balançadas há anos, e seus respectivos embaixadores deixaram seus cargos desde 2010. A tensão aumentou em fevereiro passado, quando três diplomatas norte-americanos foram expulsos de Caracas, acusados de colaboração com os protestos contra o governo.

Companhias aéreas na mira

Maduro lançou ameaças contra as companhias aéreas de reduzirem seus voos para a Venezuela. “Eu tomarei medidas severas. As empresas que deixarem o país não poderão voltar enquanto estivermos no governo”, afirmou o chefe de Estado durante uma entrevista coletiva nesta sexta-feira.

A declaração é uma resposta à possível redução dos voos com destino a Venezuela, anunciada pela Associação Internacional de Transportes Aéreo (IATA, na sigla em inglês”). Na quarta-feira, o diretor da entidade, Tony Tyler, explicou que o governo venezuelano devia U$S 3,7 bilhões (R$ 8,7 bilhões) às companhias aéreas. “Elas não poderão continua suas operações indefinidamente se não forem pagas”, disse ele.

A Avianca-Taca anunciou que pretende suspender a rota San Jose-Caracas em abril e Air Canadá, Tame, Tap e Copa já reduziram suas atividades no país. Maduro afirma que o corte de voos “faz parte da guerra que eles querem fazer na Venezuela”, em alusão ao setor privado.

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