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Colômbia/FARC

FARC retomam negociações com governo colombiano

As FARC, Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia, retomam nesta quarta-feira as negociações de paz com o governo em Cuba. As discussões começaram em 19 de novembro e tiveram uma pausa de 5 dias. As autoridades colombianas pedem maiores esclarecimentos sobre os sequestros.

Les délégations du gouvernement colombien et des FARC à Bogota, le 4 décembre 2012, en partance pour Cuba.
Les délégations du gouvernement colombien et des FARC à Bogota, le 4 décembre 2012, en partance pour Cuba. REUTERS/John Vizcaino
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O emissário do governo colombiano para as negociações de paz com as FARC, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Humberto de la Calle,  pediu nesta terça-feira que os guerrilheiros esclareçam se ainda mantém reféns em cativeiro. O tema veio à tona depois da viúva do fundador da guerrilha, Manuel Marulanda Vélezk, Sandra Ramirez, afirmar que as FARC ainda tinha em seu poder 'prisioneiros de guerra.' "As FARC devem responder às vitimas e esclarecer a questão dos sequestros’’, declarou La Calle, ex vice-presidente do país.

A afirmação foi desmentida pela direção da guerrilha. Segundo os representantes das FARC, que todos os prisioneiros foram libertados desde o início das negociações com o governo – uma versão contestada pelas associações dos parentes dos desaparecidos. "Não podemos tratar o tema do sequestro com ambiguidade. O governo aguarda declarações claras e categóricas", disse o mediador, que deveria chegar nesta terça-feira à noite em Cuba, acompanhado de uma delegação do governo, para dar início à retomada do diálogo.

De acordo com ele, o esclarecimento sobre os reféns da guerrilha é um dos elementos centrais da negociação em Havana, onde terminou na semana passada um primeiro ciclo de discussões com representantes da guerrilha. Em mais de meio século, o conflito colombiano deixou mais de 600 mil mortos, 15 mil pessoas desaparecidas e cerca de 4 milhões de refugiados. Neste ano, as FARC, que existem desde 1964 e é considerada a guerrilha mais antiga da América Latina,  renunciaram oficialmente a execução de sequestros e asseguraram ter libertado os últimos policiais que continuavam presos.
 

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