Autoridades cubanas liberam Damas de Branco

As cinquenta manifestantes cubanas conhecidas como "Damas de Branco", grupo de mulheres de presos políticos formado em 2003, foram detidas neste domingo poucos dias antes da visita do Papa Bento 16 a Cuba, mas várias delas já haviam sido libertadas até o final da tarde de hoje.

Manifestação das Damas de Branco em Cuba Foto: Reuters

A Casa Branca exigiu nesta segunda-feira que as autoridades cubanas liberem ‘todas’ as integrantes do grupo Damas de Branco, detidas no domingo, pouco dias antes da visita do Papa à ilha. Uma grande parte das opositoras já foram soltas. De acordo com o porta-voz da presidência americana, Tommy Vietor, as prisões mostram o desprezo das autoridades cubanas em relação aos direitos humanos”, disse.

As Damas de Branco são o grupo de oposição mais ativo em Cuba. Elas foram detidas neste domingo, enquanto desfilavam na rua principal do oeste de Havana, na saída da igreja onde elas se reúnem todos as semanas. De acordo com uma das dirigentes do grupo, Berta Soler, até o final da tarde desta segunda-feira, praticamente todas as mulheres haviam sido liberadas e levadas para casa.

A Igreja Católica já havia lançado um alerta na semana passada sobre a possibilidade de ocorrência de manifestações durante a visita do Papa. O temor do Vaticano é que a viagem ganhasse contornos políticos. A Igreja e as autoridades do país já haviam chegado a um acordo na semana passada para resolver pacificamente a crise envolvendo dissidentes no centro de Havana.

Treze militantes do Partido Republicano de Cuba ocuparam na terça-feira a basílica de Notre Dame para exigir que o Papa leve em consideração algumas das reinvidicações : libertação dos presos políticos, fim da repressão contra os opositores e liberdade de expressão.