Hugo Chávez viaja a Cuba para operar um possível câncer
O presidente venezuelano Hugo Chávez viaja neste final de semana a Cuba para ser submetido a uma operação de retirada de uma lesão com "alta probabilidade" ser cancerígena, em sua região pélvica – mesmo local de onde um tumor maligno do líder foi removido em junho de 2011 em um hospital cubano.
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"Eu não sou imortal", admitiu o presidente de 57 anos eleito em 1999 e que aspira um novo mandato de seis anos nas presidenciais de outubro. Chávez anunciou ontem que o tumor detectado é provavelmente maligno.
O estado de saúde do presidente venezuelano se tornou um tabu entre seus partidários que jamais evocam o assunto em público e demonstram confiança total na recuperação do presidente. "Ele continuará sendo nosso candidato e o líder da revolução bolivariana”, declara o deputado e um dos homens fortes do “chavismo”, Diosdado Cabello.
Ainda que Chávez afirme que a “chama da revolução bolivariana" da qual ele é o líder, não será apagada, analistas acreditam que o projeto socialista será ameaçado caso o país não encontre uma figura tão imponente como ele. “A grande dificuldade é de imaginar como conquistar a grande relação afetiva com os eleitores como Chávez o fez ; é difícil imaginar a solução desta situação de um dia para o outro", observa a analista eleitoral Mariana Bacalao.
Antes de anunciar publicamente seu estado de saúde, o presidente tinha mais de 50% das opiniões favoráveis diante de seu opositor, o jovem candidato de centro-esquerda Henrique Capriles. Mais que isso, Chávez não contava somente com a certeza de vencer seu rival, mas de ficar no poder "até 2031".
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