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Estados Unidos/Economia

Fed tenta relançar crescimento dos EUA com plano de US$ 400 bilhões

Ao fim de dois dias de reuniões em Washington, o Comitê de Política Monetária do Fed - o Banco Central dos Estados Unidos - anunciou um pacote para evitar a estagnação do crescimento americano, que inclui medidas para pressionar a redução das taxas de juros de longo prazo e para estimular o setor imobiliário.

Operadores do mercado financeiro de Nova York aguardavam ansiosos o anúncio do Fed
Operadores do mercado financeiro de Nova York aguardavam ansiosos o anúncio do Fed Reuters
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O anúncio da "operação Twist", nesta quarta-feira, fez a cotação do dólar voltar a subir. O pacote do Fed inclui a venda de 400 bilhões de dólares em títulos de curto prazo, de até três anos, e a compra da mesma quantidade em papéis com vencimento entre 6 e 30 anos.

"Esse programa deve pressionar para baixo as taxas de juros de longo prazo e tornar as condições financeiras mais cômodas", afirmou o Banco Central americano em um comunicado.

A taxa referencial de juros dos Estados Unidos foi mantida entre zero e 0,25% ao ano, como era esperado pelo mercado.

O Fed também informou que vai reinvestir o capital de hipotecas em vencimento e de bônus de agências, reconhecendo que o setor imobiliário ainda tem grandes dificuldades. É esperada uma redução dos custos de financiamentos imobiliários e empréstimos a empresas, incentivando investimentos e consumo, para evitar uma nova recessão.

Fortes turbulências ainda são esperadas nos mercados financeiros

Um relatório mostrando que não houve geração líquida de empregos em agosto provocou temores de que a retomada do crescimento se estagnasse. O Fed informou que espera "alguma recuperação" nos próximos trimestres, mas prevê riscos nos mercados financeiros globais.

O anúncio do Banco Central americano foi recebido com frieza pelos investidores. A bolsa de Nova York terminou o pregão em forte baixa. Dow Jones perdeu 2,49% e Nasdaq caiu 2,01%.

Guido Mantega comenta alta do dólar

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira, em Washington, que a forte valorização do dólar em relação ao real nos últimos dias foi influenciada pela crise europeia. A moeda americana ultrapassou a marca de R$ 1,80 nesta quarta-feira, maior cotação em mais de um ano.

Mantega participa da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Ele garante que a alta do dólar não terá efeito imediato sobre a inflação brasileira, mas afirmou que ficará atento se a tendência se manter e a crise se agravar.

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