Militares uruguaios acusados de estupro no Haiti serão repatriados
O governo do Uruguai ordenou a repatriação de cinco de seus militares da força de paz no Haiti, acusados de participar de um estupro contra um adolescente. O chefe do batalhão uruguaio dos capacetes azuis da ONU no país foi afastado do cargo.
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A demissão foi anunciada neste domingo, após a divulgação na internet de um vídeo que mostra um jovem haitiano de 18 anos cercado por militares uruguaios, em situação que indica violência sexual, em uma base da Organização das Nações Unidos (ONU). Em um comunicado, o Ministério da Defesa do Uruguai anunciou a instauração de um conselho de disciplina pela missão de estabilização no Haiti, a Minustah.
O chefe da missão uruguaia, cujo nome não foi revelado, e outros quatro soldados serão repatriados. O Uruguai promete punir severamente os envolvidos se eles forem considerados culpados. Na sexta-feira, um juiz do Haiti abriu um processo para investigar o suposto estupro, filmado por um telefone celular.
“Se os fatos forem comprovados, os autores serão julgados na Justiça. As Nações Unidas têm tolerância zero com abusos sexuais. Consideramos essas acusações muito sérias”, disse o porta-voz da ONU Kieran Dwyer.
O governo uruguaio mantém cerca de 900 homens no Haiti. A maioria pertence à Aeronáutica e à Marinha.
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