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Inflação/protestos

Bolívia vive situação caótica com "gazolinaço"

A supervalorização do combustível está levando os bolivianos para as ruas. Nesta quinta-feira eles fizeram uma fogueira aos pés de uma estátua de Che Guevara, admirado por Evo Morales, e queimaram uma bandeira da Venezuela, pois Hugo Chavez é aliado do líder boliviano. A polícia tem respondido aos ataques com gás lacrimogêneo e detenção de civis.  

Polícia boliviana prende manifestante em Cochabamba.
Polícia boliviana prende manifestante em Cochabamba. Reuters
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A população boliviana não se conforma com a alta dos preços do combustível em 83 por cento. Eles querem ver o presidente Evo Morales que subiu os preços, agora baixá-los também. O gazolinaço, como foi apelidada a supervalorização do combustível, deixou a situação do país caótica.

Os meios de transporte pararam e muitas pessoas correram para os supermercados para fazer estoque de comida, que está ficando escassa no país. Morales chegou a pedir aos militares que façam e distribuam pão à população.

Para pressionar o governo, milhares de bolivianos continuam realizando intensos protestos. Em El Alto, cidade vizinha da capital La Paz e reduto eleitoral de Morales, milhares de pessoas montaram barricadas com pneus em chamas e apedrejaram prédios de organizações próximas ao governo.

Em cidades como Santa Cruz, Oruro e Potosí, até os plantadores de coca juntaram-se às manifestações, lembrando que o Presidente Evo Morales é também presidente da federação dos cocaleiros.

Os bolivianos fizeram nesta quinta-feira uma fogueira nos pés de uma estátua do guerrilheiro Che Guevara que é admirado por Morales e queimaram uma bandeira da Venezuela já que Chavez é aliado do líder boliviano. A polícia tem respondido aos ataques com gás lacrimogêneo e também com a detenção de civis.

O governo boliviano anunciou no último domingo uma alta de 73 por cento do diesel e 83 por cento da gasolina. Desde então, as transportadoras decidiram inflacionar suas taxas em 100 por cento. Evo Morales tentou, sem resultado, acalmar a situação com um aumento de 20 por cento no salário das forças armadas, da polícia e de funcionários da saúde e educação. Também concedeu incentivos à agricultura e a duplicação das gratificações para os funcionários do governo.

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