Senado aprova reforma da regulamentação financeira
Por 59 votos contra 39, o Senado dos Estados Unidos aprovou a histórica reforma da regulação financeira, uma das prioridades da gestão de Barack Obama.
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Celebrando a vitória, o presidente norte-americano disse que as tentativas dos lobistas para bloquear a reforma fracassaram. Segundo o senador Harry Reid, líder da bancada democrata no Senado, a baderna em Wall Street está com os dias contados; não será mais possível fazer apostas com o dinheiro do pequeno investidor. Sentindo o golpe, a bolsa de Nova York fechou o pregão em queda de 3,6%.
O projeto aprovado no Senado engloba os principais pontos das reformas bancárias propostas nos últimos meses pela Casa Branca e o Tesouro norte-americano. O poder executivo sai reforçado, com poder para desmantelar bancos e instituições financeiras, medida que se estivesse em vigor no início da crise, há dois anos, teria limitado os efeitos da recessão.
A reforma estabelece um rigoroso sistema de supervisão do mercado de produtos derivados, que só poderão ser comercializados em plataformas transparentes. O projeto de lei também impede o salvamento de grandes instituições financeiras com dinheiro do contribuinte e cria um órgão de proteção ao consumidor ligado ao FED, o Banco Central norte-americano.
A maior parte dos senadores republicanos votou contra a reforma. A proposta precisa agora ser incorporada ao texto aprovado em dezembro na Câmara dos Representantes, para depois ser enviada para a assinatura de Obama, provavelmente no mês de junho.
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