EUA: sob pressão de Trump, parlamentares republicanos afirmam que bloquearão ajudas à Ucrânia
O presidente republicano da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, escreveu na sexta-feira (26) que, no contexto atual, qualquer votação sobre um novo financiamento para ajuda à Ucrânia, bem como sobre o reforço da fronteira com o México, "morreria ao nascer".
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A declaração surge em meio a pressões do ex-presidente e candidato à Casa Branca, Donald Trump, sobre os parlamentares do partido Republicano para bloquearem os pedidos orçamentários de seu rival, o presidente democrata Joe Biden.
“Se os rumores sobre o conteúdo do projeto de lei (atualmente em debate no Senado, a outra câmara do Congresso) forem verdadeiros, ele nasceria morto antes mesmo de chegar à Câmara dos Representantes”, garantiu Mike Johnson em uma carta aos congressistas americanos.
O texto é mais um sinal negativo sobre o resultado das já muito complicadas negociações no Congresso americano, que é composto pelo Senado, atualmente com maioria democrata, e pela Câmara, dominada pelos republicanos.
Joe Biden apela a um aumento do orçamento de cerca de U$ 100 bilhões para responder a necessidades urgentes, em primeiro lugar, a ajuda à Ucrânia, para a qual os Estados Unidos são o principal fornecedor de equipamento militar.
Sob pressão dos republicanos, o assunto está agora relacionado às discussões sobre política de imigração, tema central da campanha de Donald Trump.
Negligência com migrantes
O ex-presidente republicano acusa seu sucessor de negligência diante das chegadas de migrantes na fronteira com o México.
Embora um acordo no Senado pareça possível, esta perspectiva recuou subitamente esta semana. A imprensa americana aponta para a participação de Trump na mudança. O ex-presidente é o o grande favorito nas primárias republicanas e mantém um forte controle no partido.
A última entrega de ajuda militar americana à Ucrânia foi anunciada em 27 de dezembro, e a Casa Branca disse repetidamente que sem uma extensão do orçamento não haveria mais.
(Com AFP)
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