Blinken confirma apoio dos EUA à criação de Estado palestino em visita à Cisjordânia
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou nesta quarta-feira (10) que os Estados Unidos apoiam "medidas palpáveis para a criação de um Estado palestino", durante uma reunião com o presidente Mahmoud Abbas em Ramallah, na Cisjordânia ocupada. O chefe da diplomacia norte-americana continua seu giro regional para conter a escalada do conflito entre Israel e o Hamas. Ele pediu anteriormente ao governo israelense que poupasse os civis palestinos em sua guerra na Faixa de Gaza.
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As hostilidades entraram em seu quarto mês no domingo (7), e, apesar dos inúmeros esforços diplomáticos, nada parece capaz de pôr um fim ao conflito, ao mesmo tempo em que a ONU alerta sobre as condições de vida desastrosas da população no território sitiado.
Anthony Blinken, reuniu-se com Mahmoud Abbas em Ramallah nesta quarta-feira para discutir justamente a espinhosa questão da situação pós-guerra em Gaza, território devastado por ataques israelenses.
Além de confirmar o apoio à criação de um Estado palestino, Blinken insistiu que "todos os impostos palestinos coletados por Israel (deveriam) ser sistematicamente transferidos para a Autoridade Palestina, de acordo com acordos anteriores", enquanto Israel continua a bloquear esses fundos, causando dificuldades financeiras para o órgão.
Durante sua reunião com Abbas, Blinken também falou sobre a necessidade de introduzir "reformas administrativas" que "beneficiariam o povo palestino".
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, a Cisjordânia tem registrado um nível de violência nunca visto desde a Segunda Intifada, revolta palestina de 2000 a 2005. De acordo com a Autoridade Palestina, 334 pessoas morreram.
Turnê regional
O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está em uma turnê regional desde segunda-feira (8). Em Tel Aviv, na terça-feira (9), seu objetivo era exortar Israel a fazer mais para proteger os civis na Faixa de Gaza e tentar conter a escalada regional.
Ele disse aos líderes israelenses que a normalização das relações com os países da região continua sendo possível, apesar da guerra no enclave, mas somente se Israel criar as condições para a criação de um "Estado palestino viável".
Uma grande operação israelense está em andamento em Jenin, na Cisjordânia ocupada, desde a noite de terça-feira.
De acordo com um novo número de mortos anunciado na segunda-feira, 8 de janeiro, pelo Ministério da Saúde do Hamas, 23.357 pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro. A maioria dos mortos são mulheres, adolescentes e crianças. Cerca de 60.000 pessoas ficaram feridas.
(Com AFP)
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