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Peru: governo chama para consulta embaixadores em países que apoiam retorno de Castillo

O Peru anunciou, nesta quinta-feira (15), que chamou para consultas os seus embaixadores na Argentina, Bolívia, Colômbia e México. A decisão é uma represália aos governos dos quatro países, que pediram a restituição de Pedro Castillo na Presidência, destituído após uma tentativa fracassada de golpe.

A nova presidente do Peru Dina Boluarte, chamou os embaixadores da Argentina, Bolívia, Colômbia e México pafa consulta
A nova presidente do Peru Dina Boluarte, chamou os embaixadores da Argentina, Bolívia, Colômbia e México pafa consulta © Martin Mejia / AP
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Em uma cerimônia oficial, a chanceler Ana Cecilia Gervasi anunciou a convocação dos embaixadores, "em reação à intromissão nos assuntos internos do Peru". Na segunda-feira (12), em um comunicado conjunto, os países anunciaram seu apoio a Castillo e pediram que a vontade popular fosse respeitada. 

O chefe de Estado mexicano, Andrés Manuel López Obrador, reiterou na terça-feira (13) que, para o seu país, "Pedro Castillo continua sendo o presidente", já que foi eleito democraticamente.

Na diplomacia, a convocação para consultas acontece quando um país chama de volta seu próprio embaixador para obter informações sobre um determinado tema. É um gesto utilizado para expressar mal-estar com alguma situação específica.

Castillo foi destituído no dia 7 de dezembro pelo Congresso, depois de uma tentativa fracassada de autogolpe de Estado, que visava fechar o Parlamento e governar por decreto.

O ex-presidente peruano foi detido quando se dirigia à embaixada mexicana para solicitar asilo.

 A vice-presidente Dina Boluarte assumiu o poder constitucionalmente, mas enfrenta agora grandes protestos de associações e organizações de camponeses e indígenas, que exigem sua renúncia, a libertação de Castillo e eleições imediatas.

A violência das manifestações, com bloqueio de aeroportos e estradas, já deixou pelo menos sete mortos e 200 feridos. As autoridades decretaram estado de emergência, com a participação das Forças Armadas no controle da segurança pública.

Partidários do presidente Pedro Castillo durante protestos em Lima,
Partidários do presidente Pedro Castillo durante protestos em Lima, © Fernando Vergara/AP

Estado de emergência

O novo governo peruano já havia decretado nesta quarta-feira (14) estado de emergência nacional e propôs a antecipação das eleições para 2023, para conter as manifestações violentas que abalam o país, após a tentativa de golpe do ex-presidente Pedro Castillo. Os protestos e tomadas de aeroportos e estradas deixaram sete mortos e cerca de 200 feridos em uma semana, segundo a Defensoria do Povo.

(Com informações da AFP)

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