Apesar de pedido da família da vítima, Alabama executa condenado por assassinato de ex-namorada
Um homem condenado pelo assassinato de sua ex-namorada foi executado na quinta-feira (28) no estado americano do Alabama, apesar de a família da vítima se opor à pena de morte. Joe Nathan James, 49 anos, foi condenado à execução em 1996 pelo assassinato de Faith Hall, 29, em 1994.
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De acordo com a Procuradoria-Geral do Alabama, às 21h27 (22h27 no horário de Brasília), James morreu com uma injeção letal. Ele pediu à Suprema Corte dos Estados Unidos que suspendesse sua execução "de acordo com os desejos dos parentes sobreviventes da vítima".
"As vítimas e suas famílias são a voz mais importante em nosso sistema judicial e merecem ser ouvidas sobre a punição dos responsáveis pelos crimes", disse o advogado de James, que entrou com um recurso, aos juízes da Suprema Corte. Na época, o americano assassinou Faith, com quem teve um breve relacionamento, com vários tiros, no apartamento de uma amiga dela.
"Não somos Deus"
As filhas de Hall, que tinham 6 e 3 anos quando sua mãe foi morta, disseram que a vida de James deveria ser poupada. "Eu não quero continuar com isso. Nós não somos Deus", disse Terryln Hall, 42, à rede de TV americana CBS. "Olho por olho nunca foi uma boa premissa para a vida", acrescentou sua irmã, Toni.
Em nota, o procurador-geral do Alabama, Steve Marshall, disse que "a justiça foi feita"."Joe James foi condenado à morte pelo ato hediondo que cometeu há três décadas: o assassinato a sangue frio de uma jovem mãe inocente", disse ele. James se tornou a oitava pessoa executada nos Estados Unidos até agora em 2022.
Era Trump retomou execuções
Em 2020, durante o governo de Donald Trump, os Estados Unidos realizaram a primeira execução em 17 anos. O supremacista Daniel Lewis Lee foi executado em 14 de julho, poucas horas depois da Corte Suprema dos Estados Unidos ter confirmado e autorizado a sentença por cinco votos a favor e quatro contra. Ele foi condenado à morte pelo assassinato de uma garota e seus pais em 1996, durante um assalto.
O Departamento de Justiça americano restabeleceu a pena de morte federal nem 2019, após 20 anos, argumentando que a sentença é necessária para castigar crimes graves.
(Com informações da AFP)
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