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EUA confirmam reabertura de fronteiras para vacinados em novembro

O governo dos Estados Unidos abrirá as fronteiras terrestres com México e Canadá, no início de novembro, aos viajantes vacinados contra a Covid-19 que pretendem entrar no país por motivos considerados não essenciais. O anúncio foi feito por um alto funcionário da Casa Branca. Para combater a pandemia do coronavírus, o governo americano mantém suas fronteiras fechadas há pouco mais de um ano e meio.

La frontière entre les Etats-Unis et le Mexique, le 21 avril 2020.
La frontière entre les Etats-Unis et le Mexique, le 21 avril 2020. REUTERS/Mike Blake
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O mesmo funcionário disse que a data exata de entrada em vigor da nova regra será anunciada "muito em breve" para viagens por via terrestre, assim como para as aéreas, que estão previstas para "acontecer ao mesmo tempo".

Os Estados Unidos haviam anunciado desde setembro que autorizariam em novembro a entrada de todos os passageiros aéreos vacinados que se submetessem a testes e rastreamento de contatos.

Para conter a pandemia, Washington fechou as fronteiras desde março de 2020 para milhões de viajantes da União Europeia, Reino Unido ou China, e, posteriormente, da Índia ou do Brasil. O país adotou a mesma medida para visitantes que chegam por terra do Canadá e do México. Os 19 meses de restrição provocaram situações pessoais dolorosas e prejuízos econômicos.

Ao explicar as viagens pelas fronteiras terrestres, a fonte da Casa Branca disse que o novo sistema será implementado em "duas fases".

Inicialmente serão exigidas vacinas para viagens "não essenciais", como as de turismo ou para visitar parentes, e o requisito da vacinação não será aplicado às viagens consideradas "essenciais", que sempre foram permitidas.

Para a segunda fase, a partir de janeiro de 2022, todos os viajantes deverão estar completamente vacinados, independente do caráter da viagem. Isto dará tempo suficiente para permitir a vacinação, por exemplo, dos motoristas de veículos de carga que têm razões profissionais para atravessar a fronteira, explicou a Casa Branca.

As restrições vigentes para as fronteiras terrestres, que expiram em 21 de outubro, serão prorrogadas mais uma vez, até a data de entrada em vigor do novo dispositivo, acrescentou.

O México saudou a decisão de Washington. O presidente Andrés Manuel López Obrador disse que estas são "boas notícias", enquanto seu chanceler, Marcelo Ebrard, afirmou que a medida permitirá "ativar e acelerar o crescimento econômico na região da fronteira norte do México".

AstraZeneca será aceita

Questionado sobre as vacinas que permitirão a entrada no território dos Estados Unidos, o alto funcionário mencionou as indicações recentes das autoridades de saúde do país.

Os Centros para a Prevenção e Controle de Doenças (CDC), principal agência federal de saúde pública, "informaram às companhias aéreas que todas as vacinas aprovadas pela FDA (Agência de Medicamentos e Alimentos dos Estados Unidos) e pela Organização Mundial da Saúde serão aceitas para viagens aéreas".

"Será igual para as viagens terrestres", antecipou a fonte, ao explicar que também será aceita a vacina da AstraZeneca, que não é aplicada nos Estados Unidos.

O funcionário da Casa Branca afirmou que a suspensão das restrições afetará apenas as entradas legais por via terrestre. Também confirmou que o "Título 42", a controversa lei que permitiu ao governo Donald Trump e depois à administração Joe Biden deportar pessoas em situação irregular por razões de saúde, desde o início da pandemia, continuará sendo aplicada.

O texto, criticado por várias organizações porque restringiria particularmente o direito de asilo, foi utilizado pela Casa Branca para expulsar os haitianos que se reuniram recentemente na fronteira com o México.

Ao falar sobre o transporte aéreo, a fonte do governo explicou que o governo Biden ainda deve finalizar os detalhes do procedimento, em particular sobre o rastreamento de pessoas que entram no território e os exames necessários para os viajantes.

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