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Após derrota nas urnas, Keiko Fujimori enfrenta a Justiça peruana

A justiça peruana abriu nesta terça-feira (31) uma audiência preliminar para examinar a acusação contra a ex-candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori, processada por crime organizado e lavagem de dinheiro em um caso de financiamento de campanha eleitoral.

Keiko Fujimori representou a direita na eleição presidencial peruana. Ela foi recebida por militantes na sede do partido Fuerza Popular, em Lima. Em 19 de julho de 2021.
Keiko Fujimori representou a direita na eleição presidencial peruana. Ela foi recebida por militantes na sede do partido Fuerza Popular, em Lima. Em 19 de julho de 2021. Juan Carlos GUZMAN ANDINA/AFP
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A ex-candidata da direita populista, que foi derrotada por 40 mil votos nas eleições de julho, e assim perdeu sua imunidade, está sendo processada em um caso de suposto suborno recebido da construtora brasileira Odebrecht em suas campanhas eleitorais de 2011 e 2016.

O juiz Victor Zuniga abriu a audiência de “controle de acusação”, um passo anterior ao julgamento criminal contra Keiko Fujimori e outros 39 outros réus, incluindo o marido dela, o americano Mark Vito Villanella.

Keiko Fujimori, 46 anos, mãe de duas adolescentes, não foi obrigada a participar da audiência virtual e foi representada por sua advogada Giulliana Loza.

No início de março, a promotoria pediu trinta anos de prisão para a líder do partido Fuerza popular, criado pelo pai de Keiko, o ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), de 82 anos. Ele cumpre pena de 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade.

A construtora brasileira Odebrecht teria pago suborno

No fim de 2019, o procurador José Domingo Pérez obteve a confissão de um ex-executivo da Odebrecht, Luiz Eduardo da Rocha Soares, sobre um suborno de US$ 1 milhão para pagar a campanha de Fujimori, em 2011.

Após 28 meses de investigação, 41 pessoas foram indiciadas por supostas infrações como "crime organizado, lavagem de dinheiro, obstrução à justiça e declarações falsas".

Esta fase preliminar, que pode durar dias, semanas ou mesmo meses, deve decidir se a Justiça aceita a totalidade ou parte da acusação preparada pelo Ministério Público.

Keiko Fujimori passou 16 meses em prisão preventiva e foi libertada no início de 2020, devido à pandemia de Covid-19, e colocada em liberdade condicional. Ela não pode sair de Lima sem autorização judicial, nem se encontrar ou falar com as testemunhas do caso.

Os demais acusados são ex-colaboradores e membros da direção do Fuerza Popular.

O escândalo da Odebrecht envolveu muitos partidos políticos na América do Sul, incluindo o Brasil, onde empresários poderosos admitiram em juízo, no âmbito da Operação Lava Jato, terem distribuído ilegalmente milhões de dólares em propina em troca, principalmente, de favorecimento em contratos públicos.

(Com informações da AFP)

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