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UE sanciona filho e esposa do presidente Ortega por “graves violações aos direitos humanos”

A União Europeia sancionou nesta segunda-feira (2) um filho do presidente nicaraguense Daniel Ortega, sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, e seis outros funcionários do regime por sua responsabilidade em "graves violações dos direitos humanos" cometidas neste país da América Central.

Imagem oficial da presidência da Nicarágua mostra o presidente, Daniel Ortega (centro), a vice-presidente Rosario Murillo (à esquerda) e Carlos Fonseca Terán (à direita) durante cerimônia de comemoração do nascimento do líder sandinista Carlos Fonseca Amador, na Plaza de la Revolución, em Manágua, em 23 de junho de 2021.
Imagem oficial da presidência da Nicarágua mostra o presidente, Daniel Ortega (centro), a vice-presidente Rosario Murillo (à esquerda) e Carlos Fonseca Terán (à direita) durante cerimônia de comemoração do nascimento do líder sandinista Carlos Fonseca Amador, na Plaza de la Revolución, em Manágua, em 23 de junho de 2021. Handout PRESIDENCIA NICARAGUA/AFP
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"A detenção de um sétimo candidato potencial à presidência na semana passada ilustra tristemente a extensão da repressão na Nicarágua e mostra um quadro sombrio para as próximas eleições", afirmou o comunicado da UE.

"As medidas restritivas agora se aplicam a um total de 14 pessoas" proibidas de permanecer e transitar na UE e cujos bens na região estão bloqueados, continua o comunicado. “Fica proibido aos cidadãos e às empresas da UE disponibilizarem fundos para eles”, sublinha o texto.

O assessor econômico do presidente Ortega, Bayardo Arce Castano, também está entre as autoridades sancionadas, juntamente com o presidente da Assembleia Nacional, Gustavo Eduardo Porras Cortes, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Alba Luz Ramos Vanegas, a procuradora-geral, Ana Julia Guido Ochoa, e dois policiais. Juan Carlos, filho de Daniel Ortega, é o líder do movimento sandinista de 4 de maio e dirige o Canal 8, um dos principais canais de televisão do país.

As novas sanções haviam sido anunciadas no início de julho pelo chefe da diplomacia europeia, o espanhol Josep Borrell. "A Nicarágua entrou em uma espiral de repressão" contra a oposição na corrida para as eleições presidenciais, lamentou Borrell antes da reunião do Parlamento Europeu em sessão plenária em Estrasburgo, no leste da França.

As últimas sanções europeias contra o regime de Daniel Ortega datam de maio de 2020. Ortega, ex-guerrilheiro que já havia liderado o país de 1979 a 1990, voltou ao poder em 2007 com a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN, à esquerda), permanecendo após duas reeleições. Seus oponentes acreditam que ele concorrerá a um quarto mandato na votação de 7 de novembro.

(Com informações da AFP)

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