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Covid-19: Argentina suspende voos com Brasil, cobrará por testes PCR e hospedagem de infectados

O governo argentino anunciou novas medidas que incluem a suspensão de voos de Brasil, Chile e México, além da exigência de, pelo menos, três testes PCR e hospedagem em hotel sanitário, tudo pago pela pessoa contaminada que chegar ao país.

Para entrar no país, os argentinos precisavam de um exame PCR negativo até 72 horas antes do voo. A partir de agora, a Argentina fará, pelo menos, outros dois exames, pagos pelo passageiro, ao chegar ao país.
Para entrar no país, os argentinos precisavam de um exame PCR negativo até 72 horas antes do voo. A partir de agora, a Argentina fará, pelo menos, outros dois exames, pagos pelo passageiro, ao chegar ao país. AP - Marcos Brindicci
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Márcio Resende, correspondente em Buenos Aires

As novas restrições entram em vigor à 0h de sábado por tempo indeterminado e visam conter o avanço de uma aguardada segunda onda, que faz estragos nos países vizinhos e ameaça cruzar as fronteiras argentinas. 

"Ficam suspensos os voos provenientes de Brasil, Chile e México. Os viajantes deverão fazer um teste ao embarcar, outro ao chegar e outro no sétimo dia depois da chegada. Os positivos farão ainda um teste de sequência genômica, junto com os seus contatos estreitos, e cumprirão o isolamento onde as autoridades indicarem. Os testes e as estadias estarão a cargo do passageiro", indica a decisão administrativa publicada na madrugada desta sexta-feira (26) no Boletim Oficial.

A suspensão de voos com origem no Brasil, Chile e México soma-se à proibição anterior de voos do Reino Unido e da Irlanda do Norte, todos com maciça circulação das variantes mais contagiosas e letais.

Atualmente a fronteira aérea só está aberta a argentinos e residentes que regressam do exterior. Turistas estrangeiros já não podiam entrar no país desde o dia 25 de dezembro.

As demais fronteiras, terrestres e marítimas, já estavam fechadas a todos, inclusive aos próprios argentinos. O único canal aberto é o aeroporto internacional de Ezeiza, em Buenos Aires.

Hotel sanitário a cargo do doente

Para entrar no país, os argentinos precisavam de um exame PCR negativo realizado até 72 horas antes do voo. A partir de agora, a Argentina fará, pelo menos, outros dois exames. Poderá haver mais testes até o resultado negativo.

Se ao entrar no país o exame der positivo, o viajante será encaminhado a uma quarentena de, pelo menos, 10 dias num hotel sanitário, a ser designado pelas autoridades. Se o passageiro chegar acompanhado, todos os contatos estreitos deverão seguir o mesmo isolamento. Quem violar a quarentena será enquadrada no código penal.

Durante esses dias de confinamento, os infectados também serão submetidos a um teste de PCR especial, dessa vez para detectar se possuem algumas das temidas variantes: brasileira, sul-africana ou britânica. O Estado argentino não financiará mais esses gastos.

O Departamento Nacional de Migrações calcula que cerca de 27 mil argentinos estejam no exterior como turistas, 7.500 deles no Brasil, considerado o maior temor para os países vizinhos.

Com 45 milhões de habitantes, a Argentina tem visto o número de contágios crescer desde o começo do mês. Foram 8.238 casos e 146 falecidos nas últimas 24 horas. No total, o país registra 2.278 milhões de contágios, dos quais 55.092 resultaram em óbitos.

Por enquanto, a campanha de vacinação na Argentina, iniciada em 29 de dezembro e considerada lenta, imunizou com uma dose 6,11% da população e, com duas doses, apenas 1,41%.

 

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