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Governador da Geórgia decide reabrir comércio e recebe críticas de Donald Trump

O governador republicano do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, Brian Kemp, autorizou a reabertura de academias de ginástica, boliches, salões de tatuagem e cabeleireiros, a partir desta sexta-feira (24). No entanto, essa decisão é criticada pelo próprio presidente americano, Donald Trump, que considera a medida precipitada, em plena pandemia de coronavírus.

Brian Kemp sancionó la ley antiaborto de Georgia esta semana
Brian Kemp sancionó la ley antiaborto de Georgia esta semana GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP
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Trump, um fervoroso defensor da reabertura da economia o mais rápido possível, disse que estava em "profundo desacordo" com o governador, assinalando que as empresas escolhidas não fazem parte da primeira fase do plano de retomada da atividade elaborado pelo governo. "É muito cedo, elas podem esperar um pouco mais", disse Trump, deixando Kemp livre em sua decisão.

A partir de segunda-feira (27), será a vez dos cinemas e restaurantes reabrirem na Geórgia. Esses estabelecimentos terão que adotar medidas rigorosas de distância sanitária e realizar uma limpeza frequente das instalações. O governador republicano citou "os dados favoráveis ​​e o aumento de testes" para justificar sua decisão, segundo ele "aprovada por nossos profissionais de saúde".

A Geórgia tem quase 21.000 casos positivos para o coronavírus e registrou mais de 850 mortes. Essa reabertura será feita com "precisão cirúrgica, de maneira direcionada e metódica, priorizando a saúde dos cidadãos", garantiu Kemp.

Porém, o epidemiologista Anthony Fauci, consultor da pandemia da Casa Branca, condenou a decisão. "Eu o aconselharia a não fazer isso", disse Fauci.

Keisha Lance Bottoms, a prefeita democrata de Atlanta, capital do estado, também denunciou uma decisão que ela considera precipitada e perigosa. "Estou profundamente preocupada porque a curva de contaminação no estado ainda é ascendente", disse a prefeita em entrevista à CBSN. "Espero que o governador esteja certo e que eu esteja errada, porque se ele estiver enganado, mais pessoas morrerão", concluiu a prefeita.

Nos últimos dias, vários estados americanos, principalmente aqueles governados por republicanos, flexibilizaram a quarentena, apesar do coronavírus continuar ativo no território. Nas últimas 24 horas, o país registrou 1.738 mortes causadas pela Covid-19, número em queda em relação ao dia anterior, segundo a contagem da Universidade Johns Hopkins, referência na compilação desses dados.

O relatório divulgado na quarta-feira (22) eleva para 46.583 o número total de óbitos registrados desde o início da pandemia nos Estados Unidos, o país mais afetado no mundo pela Covid-19. A maior potência econômica do planeta tem agora mais de 839.675 pessoas infectadas com o vírus, de acordo com a contagem atualizada. Cerca de 4,5 milhões de pessoas foram avaliadas por testes em todo o país.

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