Países do Benelux reconhecem CNT como representante do povo líbio

Os países do Benelux (Bélgica, Luxemburgo e Holanda) reconheceram nessa quarta-feira o Conselho Nacional de Transição (CNT) como “representante legítimo do povo líbio”. O chefe da diplomacia da Bélgica Steven Vanckere fez essa declaração à imprensa pouco antes de receber em Bruxelas uma delegação do CNT.

O líder rebelde líbio Mahmoud Jibril (segundo à esquerda), em Bruxelas (13/07/2011). Reuters

Uma delegação do Conselho Nacional de Transição líbio, presidida por seu número dois Mahmoud Jibril, visita nessa quarta-feira as sedes da Otan e da União Européia, em Bruxelas. Europeus e aliados ocidentais tentam obter garantias de que os rebeldes vão conseguir manter a Líbia no caminho da democracia, após a saída de Kadafi.

Para evitar que o país caia nas mãos de milícias armadas e mergulhe no caos, como aconteceu com a Somália, os rebeldes líbios criaram um cadastro nacional de combatentes e de armas, que deve no futuro fazer parte de um ministério civil da Defesa. A França declarou nesta terça-feira que uma solução política começa a tomar forma na Líbia.

Solução política impossível – O coronel Juma Brahim, chefe do Centro militar operacional pelo oeste líbio, em Zenten, afirmou nessa quarta-feira que os rebeldes do Djebel Nefoussa, acham impossível pensar atualmente em uma solução política para o conflito.

O coronel julgou a posição tomada pela França nessa terça, de prolongar a intervenção na Líbia, difícil de entender de um ponto de vista militar. “Por um lado a França apoia os rebeldes, por outro lado ela negocia com o regime de Kadafi. Politicamente isso é possível, mas não militarmente”, afirmou o coronel.

Há uma semana os combatentes do Djebel Nefoussa se preparam para próximas batalhas com o objetivo de tomar dois pontos estratégicos no sul e no sudeste de Trípoli.