Assembleia francesa vai votar continuação de ação militar na Líbia

Assembleia Nacional francesa analisa nesta terça-feira a continuação ou não da participação da França na operação militar na Líbia comandada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN. Paris e Trípoli estariam discutindo diretamente um fim ao impasse da permanência de Muamar Kadafi no poder, contestada e combatida por rebeldes.

O líder líbio Muamar Kadafi. REUTERS/Huseyin Dogan

A ofensiva foi iniciada em março, depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado os bombardeamentos contra o regime do ditador Muamar Kadafi, mas o impasse para o conflito continua. Os deputados franceses deverão votar a continuação das operações, cumprindo uma lei em vigor desde 2008 que obriga o parlamento a analisar e votar atividades militares decididas pelo governo se, apos quatro meses, não tiver houver um resultado concreto.

Seif Al-Islam Kadafi, segundo filho do líder líbio e porta-voz do regime, afirmou que Tripoli mantem negociações sobre o conflito com a França, e não com os rebeldes A declaração foi publicada nesta segunda-feira pelo jornal argelino El Khabar. Já a França não confirma essa intermediação.

Segundo o porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Bernard Valero, a França “enviou recados” a Kadafi, mas “sem negociações diretas”. O ministro francês da Defesa, Gérard Longuet, declarou anteriormente que a coalizão internacional vai interromper os ataques comandados pela OTAN na Líbia no momento em que os líbios “discutirem entre si”.