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Israel/Imigração

Acatando Justiça, Israel liberta centenas de migrantes africanos

Israel libertou nesta terça-feira (25) centenas de clandestinos africanos após uma decisão da justiça contrária à política governamental, que tenta conter a chegada dos migrantes. Os libertados - sudaneses de Darfur que fogem da guerra e da miséria - deixaram o centro de retenção de Holot, no deserto de Neguev, carregando bagagem.

Migrantes africanos são liberados do centro de detenção de Holot.
Migrantes africanos são liberados do centro de detenção de Holot. REUTERS/Amir Cohen
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Um total de 1.178 pessoas devem ser liberadas na terça e na quarta-feira, informou à agência AFP Sivan Weitzman, porta-voz da autoridade penitenciária. Quase 750 já deixaram o centro.

Mas os migrantes liberados não sabem para onde ir, depois que as autoridades proibiram a entrada nas cidades de Tel Aviv (oeste) e Eilat (sul) para impedir uma concentração de migrantes muito elevada e possíveis tensões com a população.

Após um decreto de 11 de agosto da Suprema Corte, Israel foi obrigado a liberar em um prazo de duas semanas os migrantes detidos há mais de um ano no centro. O tribunal invalidou um dispositivo que permite reter, sem julgamento, os ilegais por até 20 meses.

Tratamento polêmico

Segundo a ONU, Israel abriga 53.000 refugiados e demandantes de asilo. Muitos entraram no país ilegalmente pelo Sinai egípcio. Israel é considerado o único país com elevado nível de vida ao qual podem ter acesso a pé e concede o status de refugiado a conta-gotas, deixando a imensa maioria dos solicitantes à margem da sociedade.

O governo israelense começou a deter refugiados africanos no país em 2012, como explicou então a correspondente da RFI em Jerusalém Daniela Kresch. Em 2013, o Parlamento de Israel votou uma polêmica lei estipulando que refugiados ou imigrantes ilegais sejam presos por um ano e depois enfrentem um regime de detenção semiaberto por tempo indeterminado. A lei foi criticada por ONGs de defesa dos Direitos Humanos.

(Com informações da AFP)

 

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