Forças curdo-sírias expulsam jihadistas do grupo Estado Islâmico de Kobane

As forças curdo-sírias conseguiram expulsar neste sábado (27) de Kobane, no norte da Síria, os combatentes do grupo do Estado Islâmico (EI), dois dias após a ofensiva do jihadistas contra a cidade estratégica na fronteira com a Turquia. Nessas 48 horas, o grupo ultrarradical matou mais de 200 civis, incluindo mulheres e crianças, indicou hoje a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Cidade síria de Kobani, na fronteira com a Turquia, neste sábado (27). Reuters

"Os combatentes curdos retomaram o controle dos pontos de Kobani que foram ocupados pelo grupo EI", indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos. O militante curdo Rudi Mohamad disse que toda a cidade foi recuperada. Ao menos 54 jihadistas morreram.

O grupo EI lançou uma ofensiva surpresa na última quinta-feira (25) contra Kobani, seis meses após terem sido expulsos do local. Eles conseguiram entrar na cidade e controlar vários pontos e edifícios. Dezenas de civis foram feitos reféns e conseguiram fugir com a chegada de reforços de forças curdas.

Massacre de civis

A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos diz, no entanto, que não se pode falar em derrota do grupo EI. “Os jihadistas conseguiram executar o plano deles que era o de cometer um massacre”, afirma o diretor da OSDH.

Durante a ofensiva contra a cidade, 206 civis foram mortos, a maioria a tiros, marcando um dos piores massacres do movimento na Síria. “Famílias inteiras foram assassinadas. Os corpos foram encontrados em casas e nas ruas”, relatou Rami Abdel Rahmane

A expulsão do movimento ultrarradical de Kobani, em janeiro, após quatro meses de combates, representou o primeiro revés do grupo EI desde o início de sua expansão na Síria.