EUA vão mandar 3.000 soldados para proteger Países Bálticos da Rússia
Nesta segunda-feira (9), o Pentágono anunciou que começou o deslocamento de 3.000 soldados para a Europa, que permanecerão por três meses na Lituânia, Letônia e Estônia, a fim de garantir a segurança desses países diante da Rússia, no contexto da crise na Ucrânia. O nome da operação é "Determinação atlântica", lançada pelos Estados Unidos no quadro da Otan para proteger os países-membros e aliados da Organização.
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Cerca de 750 veículos de combate, tanques de guerra e helicópteros já chegaram de navio a Riga, capital da Letônia, indicou o porta-voz do Pentágono, Coronel Steven Warren. Um primeiro contingente de 300 homens também está na cidade e 3.000 soldados chegarão nas próximas semanas. Eles vêm do Forte Stewart, no Estado da Georgia.
Os militares devem ficar 90 dias na região e participarão de um exercício multinacional de 17 de maio a 6 de junho. Em seguida, devem voltar para seus quartéis nos Estados Unidos, mas os equipamentos ficarão "o tempo que for necessário para dissuadir a Rússia de uma agressão", disse o general americano John O'Connor, encarregado das operações logísticas.
Insegurança
A invasão da Crimeia pela Rússia e o apoio de Moscou aos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia atemorizam os vizinhos Lituânia, Letônia e Estônia; em 2004, os países se tornaram membros da União Europeia e da Otan. Conhecidos como Países Bálticos, ficam no nordeste da Europa, na costa leste do Mar Báltico.
O vai e vem constante de aviões russos perto das fronteiras dos Países Báticos leva a Otan a questionar se a Rússia não está querendo testar sua capacidade de defesa coletiva, da qual os três países fazem parte.
Recentemente, o ex-secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, reconheceu que "há forte probabilidade do presidente russo Vladimir Putin intervir militarmente nos Países Bálticos para testar essa solidariedade". Em fevereiro passado, a Otan reforçou a defesa no leste europeu com a criação de uma nova força de 5.000 homens e seis centros de comando, em resposta à intervenção russa na Ucrânia.
Cessar-fogo sangrento
Sessenta e quatro militares ucranianos morreram no leste separatista pró-russo desde a instauração do último cessar-fogo bilateral em 15 de fevereiro último, anunciou nesta segunda-feira o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.
O acordo de cessar-fogo foi assinado em Minsk, capital de Belarus, com a mediação do presidente francês François Hollande e da chanceler Angela Merkel, e a participação do presidente russo Vladimir Putin.
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