Vídeo da decapitação do jornalista americano Steven Sotloff é autêntico, diz Casa Branca
A Casa Branca confirmou nesta quarta-feira (3) a autencidade do vídeo da decapitação do jornalista americano Steven Sotloff, 31 anos, divulgado nesta terça-feira pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI). O presidente norte-americano Barack Obama declarou que os Estados Unidos "não se deixarão intimidar" pelos jihadistas e prometeu continuar os ataques no Iraque.
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O vídeo provocou indignação entre os dirigentes mundiais, mas sua autenticidade não havia sido confirmada até agora. "Os serviços secretos analisaram o vídeo e concluíram que o vídeo era autêntico", declarou Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho em um comunicado. Depois de sua divulgação, o Reino Unido disse que não exclui a possibilidade de bombardeios aéreos nas regiões controladas pelo Estado Islâmico.
No vídeo intitulado "segunda mensagem para a América", Steven Sotloff aparece de joelhos, vestido com uma blusa laranja. Em pé, a seu lado, um homem mascarado, vestido de preto e segurando uma faca, condena a intervenção americana no Iraque. O jihadista, que tem sotaque britânico, aponta em seguida para David Cawthorne Haines, que está em cena, e ameaça executá-lo.
"Estou de retorno, Obama, estou de retorno por conta de sua política estrangeira arrogante contra o Estado Islâmico", declarou o homem mascarado no vídeo de cinco minutos. O vídeo é parecido com o divulgado no dia 19 de agosto, mostrando a execução do jornalista americano James Foley, 40 anos.
Nesta terça-feira, o presidente americano ordenou o envio de 350 tropas suplementares a Bagdá para proteger embaixadas e repartições consulares. Até agora, 820 soldados já foram enviados ao país desde o início da ofensiva jihadista. Desaparecido há cerca de um ano, Sotloff foi sequestrado no dia 4 de agosto em Alepo, na Síria, perto da fronteira com a Turquia.
"Não nos deixaremos intimidar pelo Estado Islâmico", disse Obama
Na Estônia, o presidente norte-americano Barack Obama disse que "não se deixará intimidar pelo Estado Islâmico. Denunciando um ato de violência, ele declarou que o objetivo dos Estados Unidos era que o "EI não seja mais uma ameaça para a região." Ele ressaltou que isso levaria tempo e só seria possível com o apoio dos países aliados.
O primeiro-ministro britânico David Cameron convocou para esta quarta-feira uma reunião interministerial de crise. O premiê classificou o vídeo de "repugnante." O comitê Cobra, encarregado de analisar situações de emergência, também deverá discutir como reagir à execução anunciada do refém britânico David Cawthorne Haines.
A família do jornalista norte-americano, através de um porta-voz, disse que não faria comentários e está "chorando sua morte em silêncio." A mãe de Sotloff gravou um vídeo implorando ao líder jihadista, Abou Bakr al-Baghdadi, que liberasse seu filho. "Califa, você pode conceder a anistia a meu filho. Peço por favor que você libere meu filho", declarou. "Como mãe, peço para que você seja justo e não puna meu filho por algo que ele não tem nenhum controle."
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