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Rússia/Ucrânia

Rússia volta a ameaçar Ucrânia e critica Estados Unidos

Menos de uma semana depois da obtenção de um acordo em Genebra, o chanceler russo, Serguei Lavrov, disse nesta quarta-feira (23) que a Rússia reagirá se seus interesses na Ucrânia forem prejudicados. O ministro das Relações Exteriores citou o exemplo da intervenção militar na Geórgia, em 2008, depois de Moscou reconhecer dois territórios separatistas no Cáucaso.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. REUTERS/Maxim Shemetov
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"Se nossos interesses forem atacados diretamente, não vejo outra maneira de reagir, respeitando o direito internacional", explicou o chanceler russo ao canal RT. "Um ataque contra os cidadãos russos é um ataque contra a Rússia", acrescentou.

Para o chefe da diplomacia russa, as decisões do poder ucraniano estão sendo "dirigidas" pelos Estados Unidos. "Para nós está claro que o governo ucraniano escolheu o momento exato da visita do vice-presidente americano para a anunciar a retomada das operações no leste. E isso imediatamente após a visita de John Brennon", disse o chanceler, citando chefe da CIA. "Tenho motivos para acreditar que os americanos dirigem de maneira direta os acontecimentos no país", continuou.

As declarações de Lavrov acontecem depois das autoridades de Kiev anunciarem a retomada das operações antiterroristas contra os separatistas no leste da Ucrânia, poucas horas depois de o vice-presidente Joe Biden deixar o país. Nesta terça-feira, ele ameaçou a Rússia de "isolamento" se o país continuar a apoiar os rebeldes.

O governo americano anunciou o envio de 600 soldados na Polônia e países bálticos. O secretário de Estado americano John Kerry também ameaçou Moscou de novas sanções.

O presidente interino Olexandre Tourtchinov justificou a retomada das operações no leste pela descoberta de dois corpos com sinais de tortura perto de Slaviansk. Uma das vítimas é um vereador do partido pro-ocidental de Iulia Timochenko, Volodymyr Rybak. O prefeito de Slaviansk pediu ao presidente Vladimir Putin que enviasse tropas russas para proteger a população local.

Assinado na semana passada pela Rússia e a Ucrânia, o acordo em Genebra prevê o desarmamento dos grupos ilegais e a evacuação de prédios públicos pelos separatistas e pro-ocidentais, mas não vem sendo respeitado.

 

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