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Malásia/Avião

Investigações do MH 370 se concentram nos pilotos e passageiros

Mais de uma semana após o desaparecimento do Boeing da Malaysia Airlines, o governo da Malásia pediu mais ajuda internacional. A França enviou três peritos do BEA, órgão de investigações aeronáuticas, para ajudar nas buscas. Até o momento, o que se sabe, é que o aparelho, que deveria fazer a rota entre Kuala Lumpur e Pequim, mudou drasticamente de direção antes de desaparecer dos radares. Atrás de novas pistas, os investigadores estão se concentrando agora na lista de passageiros e nos pilotos.

As autoridades malaias informaram que são 25 o número de países envolvidos nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines.
As autoridades malaias informaram que são 25 o número de países envolvidos nas buscas pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines. REUTERS/Romeo Ranoco
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A polícia da Malásia identificou um engenheiro de voo na lista de passageiros a bordo do voo MH370. Mohd Khairul Amri Selamat, de nacionalidade malaia, 29 anos, se apresenta nas redes sociais como engenheiro que trabalhou para uma companhia de jatos privados baseada na Suíça. A empresa não confirmou se ele integra seu quadro de funcionários.

Um engenheiro de voo a bordo de um avião é o responsável pelo controle de diferentes sistemas como o elétrico, hidráulico, e até gestão do combustível. A dúvida é saber se Mohd Khairul teria competência para pilotar um Boeing 777. Segundo a polícia da Malásia, “ele está sendo investigado assim como todos os outros passageiros”.

Mudança de rota

Os investigadores trabalham com a hipótese de que alguém a bordo desviou o avião de sua rota original e desligou voluntariamente todos os aparelhos de comunicação da aeronave. Os dois pilotos também são alvos das investigações. O ministro dos Transportes, Hishammuddin Hussein, confirmou que as últimas palavras registradas no cockpit - “Tudo bem, boa noite” - foram pronunciadas depois da interrupção deliberada do sistema de comunicação conhecido como Acars.

As autoridades não confirmaram a identidade do autor da mensagem, mas trabalham com a hipótese que ele estava consciente de que o sistema estava desligado. Quatroze minutos depois, foi a vez do transponder, equipamento que transmite dados que permitem a localização do voo, ser desligado. Depois, o Boeing 777 desapareceu das telas dos radares.

Dados recolhidos até o momento permitem afirmar que o avião da Malaysia Airlines mudou de rumo na metade do trajeto entre a Malásia e o Vietnã, também de maneira deliberada, e prosseguiu voando por mais sete horas.

Área de buscas ampliada envolve 11 países

A pedido do governo da Malásia, a Austrália aceitou assumir o controle das buscas no chamado "arco sul", uma extensa área entre a Indonésia e o sul do Oceano Índico. O país dispõe de um potente radar militar que permite observar movimentos no céu e no mar a uma distância de 3 mil quilômetros ao norte e noroeste da Austrália.

Apesar de não funcionar 24 horas, o equipamento permite analisar uma determinada área por um tempo mais longo.  A procura pelo Boeing 777 se concentra então em dois arcos: entre a Indonésia e Oceano Índico, e um segundo arco que vai até o norte da Tailândia até a fronteira do Cazaquistão e do Turcomenistão.

 

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