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Coreia do Sul/Roubo

Pirataria de dados bancários provoca corrida aos bancos na Coreia do Sul

O roubo de dados confidenciais de mais de 100 milhões de contas correntes e cartões de crédito sul-coreanos provoca uma onda de protestos na Coreia do Sul. O escândalo de pirataria atinge 15 milhões de pessoas, dos 50 milhões de habitantes, incluindo, segundo a mídia local, a presidente Park Geun-hye e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Sul-coreanos retiram dinheiro das instituições financeiras que tiveram os dados pirateados.
Sul-coreanos retiram dinheiro das instituições financeiras que tiveram os dados pirateados. REUTERS/Kim Hong-Ji
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Este já é considerado o maior escândalo de pirataria de dados bancários da história da Coreia do Sul. Várias empresas de serviços financeiros podem prestar contas à justiça. Com medo de perder suas economias, milhares de sul-coreanos estão retirando o dinheiro do banco.

Tudo começou quando um técnico prestador de serviços da Korea Credit Bureau, empresa que gerencia informações confidenciais de milhares de contas correntes para estabelecimentos de crédito, simplesmente copiou as coordenadas de 105,8 milhões de contas correntes das financeiras KB Kookmin Card, Loot Card e NH Nonghyup Card. O técnico, que não teve a identidade revelada, estava encarregado de testar a segurança do sistema quando cometeu o roubo. Ele teria copiado os dados em várias etapas no ano passado, nos meses de fevereiro, junho e dezembro, segundo o Ministério Público sul-coreano.

As três seguradoras de crédito envolvidas na fraude estão sendo alvo de uma ação coletiva de sues clientes, que reclamam na justiça uma indenização de 76 mil euros por pessoa. As informações roubadas incluem nomes, endereços postais, números de telefone, números de contas bancárias, coordenadas de cartões de crédito, dados sobre a renda pessoal e até números de passaportes das vítimas.

As autoridades financeiras sul-coreanas garantem que os códigos secretos dos cartões de crédito não foram roubados, mas as vítimas não acreditam na versão oficial. No país, a maioria dos pagamentos por cartão de crédito é feita com uma simples assinatura.

Nos últimos anos, vários casos de pirataria foram atribuídos à Coreia do Norte, mas neste caso os primeiros elementos da investigação apontam para um crime doméstico.

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